As últimas palavras do último discurso de Martin Luther King:
(...) Well, I don't know what will happen now. We've got some difficult days ahead. But it doesn't matter with me now. Because I've been to the mountaintop. And I don't mind. Like anybody, I would like to live a long life. Longevity has its place. But I'm not concerned about that now. I just want to do God's will. And He's allowed me to go up to the mountain. And I've looked over. And I've seen the promised land. I may not get there with you. But I want you to know tonight, that we, as a people will get to the promised land. And I'm happy, tonight. I'm not worried about anything. I'm not fearing any man. Mine eyes have seen the glory of the coming of the Lord.
Bem, eu não sei o que acontecerá agora. Teremos alguns dias difíceis. Mas, para mim, isso não importa. Porque eu estive no cimo da montanha. E não me importo. Como todos, gostaria de ter uma vida longa. Por que não? Mas não estou preocupado com isso agora. Só quero fazer a vontade de Deus. E Ele permitiu que eu subisse a montanha. E eu vi lá de cima. E vi a terra prometida. Talvez não vos acompanhe até lá. Mas, quero que saibam esta noite que nós, como povo, chegaremos à terra prometida. E estou feliz esta noite. Nada me preocupa. Não temo nenhum homem. Os meus olhos viram a glória da chegada do Senhor.
O parlamento sul-africano aprova, por 237 contra 45 votos, uma Constituição provisória que consagra um estado de direito não racial no país, reconhecendo os mesmos direitos a negros e brancos após 341 anos de domínio minoritário branco.
Colonizada por holandeses e ingleses desde o século XVII, a África do Sul instituiu em 1948, sob a liderança do Partido Nacional, o regime de apartheid (segregação racial) como política de Estado.
Era a «legalização» da política seguida desde sempre pelos colonizadores.
A luta contra o apartheid, conduzida pelo Partido Comunista Sul-Africano e pelo Congresso Nacional Africano, prossegue sem tréguas mesmo após a prisão, no início dos anos 60, de vários dirigentes, incluindo Nelson Mandela, que se torna um símbolo da resistência.
Três décadas depois, sob a presidência de Frederik De Klerk, Nelson Mandela é libertado e o apartheid derrotado.
A 15 de Outubro de 1993, Mandela e De Klerk recebem em conjunto o Nobel da Paz.
«A realidade da acção e dos propósitos enunciados pela União Europeia muito se distanciam dos valores e princípios proclamados e estabelecidos pela histórica Conferência de Helsínquia, realizada em 1975, como: o respeito da soberania; o não recurso à ameaça ou uso da força; o respeito pela integridade territorial dos Estados; a resolução pacífica dos conflitos; a não ingerência nos assuntos internos dos Estados; o respeito pelos direitos humanos e liberdades fundamentais; o direito à autodeterminação dos povos; e a cooperação entre os Estados – valores e princípios inscritos na Carta das Nações Unidas.»
«A CGTP-IN considera a atribuição do Prémio Nobel da Paz à U.E. uma profunda afronta aos trabalhadores e povos que sofrem no seu dia a dia as consequências das políticas e medidas crescentemente anti-laborais, anti-sociais e anti-populares desenvolvidas pelas estruturas dirigentes da União Europeia e por uma grande parte dos governos que a constituem. Não é aceitável que se atribua este galardão ressaltando “a luta pela paz e reconciliação, pela democracia e pelos direitos humanos”, ao mesmo tempo que se omite a profunda deriva de uma U.E. crescentemente neoliberal e orientada por princípios e práticas que lesam os interesses dos trabalhadores e dos povos, sobretudo dos países economicamente mais débeis.»
«Trata-se de uma inaceitável decisão, tão mais hipócrita quanto a União Europeia, pilar europeu da NATO, assume nestes dias um destacado papel nas operações de ingerência, chantagem e agressão militar na região do Médio Oriente, nomeadamente com as ameaças de agressão à Síria e a outros países soberanos da região. Simultaneamente constitui uma operação de branqueamento da história da União Europeia - marcada pela sua militarização e pela sua participação em algumas das principais guerras de agressão imperialista nos últimos 20 anos – e um vergonhoso atentado à memória dos milhões de seres humanos que deram a vida para libertar a Europa da guerra e do jugo do nazi-fascismo.»
Thorbjørn Jagland (há quem escreva Thorbjorn Jagland ou Thorbjoern Jagland) é um nome que, praticamente, nada diz aos nossos leitores...
Todavia, este norueguês é uma pessoa importante.
Thorbjorn Jagland é Secretário Geral do Conselho da Europa desde 1 de Outubro de 2009. Foi Primeiro-Ministro da Noruega de 25 de Outubro de1996 a 17 Outubro de 1997. Foi Ministro dos Negócios Estrangeiros de 17 de Março de 2000 a 19 de Outubro de 2001. Foi Presidente do Parlamento da Noruega (Storting) de 10 de Outubro de 2005 a 1 de Outubro de 2009. E foi membro do Parlamento entre 1993 e 2009.
É um dos muitos vice-presidentes da Internacional Socialista.
Caramba, é uma pessoa mesmo importante!
Em 2009, Thorbjørn Jaglandtornou-se Presidente do Comité Nobel Norueguês, aquele que distribui o Prémio Nobel da Paz.
Aqui, os nossos leitores mais ingénuos dirão que ele é uma espécie de Sua Santidade que faz beatificações e santificações ao distribuir os Prémios Nobel da Paz.
Os nossos leitores menos ingénuos quererão saber o que ele disse e o que ele fez.
A verdade, a crua e cruel verdade!, é que Thorbjørn Jagland é, também, membro da Assembleia Parlamentar da NATO! Leia em francês
Para Ler: (a posição que ele tomou em 26 de Maio de 2003 na referida Assembleia)
Em francês:
«Thorbjørn Jagland (N) regrette que, en l'absence d'un accord préalable de l'ONU, la Norvège n'ait pu suivre les États-Unis sur la manière de traiter le régime irakien. La politique étrangère de Washington est incohérente : si l'administration américaine veut véritablement combattre le fondamentalisme islamiste et le terrorisme, pourquoi soutient-elle l'Arabie saoudite etn'intervient-elle pas en Syrie et en Iran? L'intervenant a demandé qu'une définition commune du terrorisme et de ses causes soit établie, de même qu'une stratégie conjointe visant à combattre les deux. À cet égard, la "feuille de route" pour le règlement du conflit israélo-palestinien est un grand pas en avant.»
Em inglês
«Thorbjørn Jagland (N) regretted that without prior UN approval Norway could not follow US leadership over how to tackle the Iraqi regime. He commented that, in his view, US foreign policy had been inconsistent and asked why, if it was serious about combating Islamic fundamentalism and terrorism, the US supported Saudi Arabia andwhy it did not act in Syria or Iran?He called for a common understanding of terrorism and its causes as well as a common strategy to fight both. In this respect, the "Road Map" for a solution to the Israeli-Palestinian conflict was an important step forward.»
Para Ler: (algumas posições que ele tomou em 13 ou 14 de Novembro de 2004 na referida Assembleia)
Em francês:
«Jagland (NO) déplore l’absence de principe clair pour lutter contre les groupes terroristes. (...) M. Jagland (NO) juge "impératif" d’impliquer des pays musulmans en Irak.»
Em inglês
«Thorbjoern Jagland (NO) bemoaned the lack of a clear concept to tackle terrorist groups. (...) Mr Jagland (NO) considered it "imperative" to involve Muslim countries in Iraq.»
Para Ler: (algumas posições que ele tomou em 26 de Novembro de 2009 na referida Assembleia)
Em francês:
«M. Jagland dit que si l’Alliance est en Afghanistan ce n’est pas pour son intérêt propre, mais pour mettre un terme à la tyrannie, dans le cadre d’une résolution des Nations unies visant à faire cesser le terrorisme et à empêcher des conflits futurs. Chaque défi réaffirme la nécessité, pour l’OTAN, de mettre en place des alliances et de s’adapter aux nouvelles réalités.»
Em inglês
«Mr Jagland said that NATO is not in Afghanistan for the sake of NATO; it is there to stop tyranny under a UN resolution to stop terrorism and future wars. Each challenge reaffirms the need for NATO to build alliances and adapt to the new realities.»
Obama parece condenado a falhar segunda vez a promessa de encerrar a prisão depois de o Congresso ter fechado a torneira dos dólares.
Barack Obama parece condenado a falhar segunda vez a promessa de fechar Guantánamo depois de o Congresso ter recusado à Administração o dinheiro necessário para comprar a nova prisão, no Ilinóis, para onde deviam ser transferidos os terroristas mais perigosos.
O Presidente dos EUA admitiu há um mês que não será possível encerrar o centro de terroristas na ilha de Cuba a 22 de Janeiro, como ele próprio ordenara no segundo dia do seu mandato. (...)
«Recent events have vividly reminded us that nations are not reducing but rather increasing their arsenals of weapons of mass destruction. The best brains in the highly developed nations of the world are devoted to military technology.
(...)
So man's proneness to engage in war is still a fact. But wisdom born of experience should tell us that war is obsolete. There may have been a time when war served as a negative good by preventing the spread and growth of an evil force, but the destructive power of modern weapons eliminated even the possibility that war may serve as a negative good. If we assume that life is worth living and that man has a right to survive, then we must find an alternative to war. In a day when vehicles hurtle through outer space and guided ballistic missiles carve highways of death through the stratosphere, no nation can claim victory in war. A so-called limited war will leave little more than a calamitous legacy of human suffering, political turmoil, and spiritual disillusionment. A world war - God forbid! - will leave only smoldering ashes as a mute testimony of a human race whose folly led inexorably to ultimate death. So if modern man continues to flirt unhesitatingly with war, he will transform his earthly habitat into an inferno such as even the mind of Dante could not imagine.
Therefore, I venture to suggest to all of you and all who hear and may eventually read these words, that the philosophy and strategy of nonviolence become immediately a subject for study and for serious experimentation in every field of human conflict, by no means excluding the relations between nations. It is, after all, nation-states which make war, which have produced the weapons which threaten the survival of mankind, and which are both genocidal and suicidal in character.
Here also we have ancient habits to deal with, vast structures of power, indescribably complicated problems to solve. But unless we abdicate our humanity altogether and succumb to fear and impotence in the presence of the weapons we have ourselves created, it is as imperative and urgent to put an end to war and violence between nations as it is to put an end to racial injustice.
(...)
We will not build a peaceful world by following a negative path. It is not enough to say "We must not wage war." It is necessary to love peace and sacrifice for it. We must concentrate not merely on the negative expulsion of war, but on the positive affirmation of peace. There is a fascinating little story that is preserved for us in Greek literature about Ulysses and the Sirens. The Sirens had the ability to sing so sweetly that sailors could not resist steering toward their island. Many ships were lured upon the rocks, and men forgot home, duty, and honor as they flung themselves into the sea to be embraced by arms that drew them down to death. Ulysses, determined not to be lured by the Sirens, first decided to tie himself tightly to the mast of his boat, and his crew stuffed their ears with wax. But finally he and his crew learned a better way to save themselves: they took on board the beautiful singer Orpheus whose melodies were sweeter than the music of the Sirens. When Orpheus sang, who bothered to listen to the Sirens?
So we must fix our vision not merely on the negative expulsion of war, but upon the positive affirmation of peace. We must see that peace represents a sweeter music, a cosmic melody that is far superior to the discords of war.»
«We must begin by acknowledging the hard truth that we will not eradicate violent conflict in our lifetimes. There will be times when nations – acting individually or in concert – will find the use of force not only necessary but morally justified.
I make this statement mindful of what Martin Luther King said in this same ceremony years ago – "Violence never brings permanent peace. It solves no social problem: it merely creates new and more complicated ones." As someone who stands here as a direct consequence of Dr. King's life's work, I am living testimony to the moral force of non-violence. I know there is nothing weak –nothing passive – nothing naïve – in the creed and lives of Gandhi and King.
But as a head of state sworn to protect and defend my nation, I cannot be guided by their examples alone. I face the world as it is, and cannot stand idle in the face of threats to the American people. For make no mistake: evil does exist in the world. A non-violent movement could not have halted Hitler's armies. Negotiations cannot convince al Qaeda's leaders to lay down their arms. To say that force is sometimes necessary is not a call to cynicism – it is a recognition of history; the imperfections of man and the limits of reason.
(...)
But we do not have to think that human nature is perfect for us to still believe that the human condition can be perfected. We do not have to live in an idealized world to still reach for those ideals that will make it a better place. The non-violence practiced by men like Gandhi and King may not have been practical or possible in every circumstance, but the love that they preached – their faith in human progress – must always be the North Star that guides us on our journey.»