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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Todos vimos. Todos sabemos. Travar a morte em Gaza será honrar enfim a memória do Holocausto

alexandra lucas coelho-Bazar do Tempo.jpg

1. A Europa está refém da culpa do Holocausto desde a II Guerra Mundial. Mas honrar a memória do Holocausto será travar a mortandade em Gaza agora. E honrá-la enfim, porque essa memória foi traída até chegarmos a isto: 2,3 milhões de pessoas trancadas num gueto, bombardeadas dia e noite, metade das quais deslocadas, sem água, comida, assistência.
E foi traída também no gueto-arquipélago da Cisjordânia, onde quase três milhões de palestinianos enfrentam a violência de colonos cada vez mais radicais. Os hoje 700 mil colonos que Israel foi plantando com betão e alcatrão, bem agarrados ao chão, tanto na Cisjordânia como em Jerusalém Oriental, todos ilegais à luz do que a Europa assinou. E que assim impedem a “Solução Dois Estados”, como os líderes mundiais — todos eles — estão cansados de saber.

 

Sublinhados meus

Alexandra Lucas Coelho, in jornal "Público" - 19 Oct 2023

Publicado neste blog:

 

Iraque arrasado

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Mais de oito anos após a invasão e ocupação do Iraque, os números chocantes de um milhão e 300 mil mortos e quatro milhões de refugiados convivem com a fome e a miséria num território arrasado mergulhado na corrupção, garante um membro da Frente de Resistência Iraquiana contra a Ocupação.

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Os médicos cubanos e a cólera no Haiti

Pedro Méndez Suárez,Rebelión de 21de Janeiro

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- Cólera, Doutor?

- Sim, mas a da ira e da irritação por culpa da visita do ditador e assassino "Baby Doc" Duvalier!...


Pobre e infeliz Haiti. Primeiro a longa e feroz ditadura de Duvalier, com os seus sinistros ton-ton macoute. Depois um brevíssimo governo democrático, cujo presidente foi deposto por uma intervenção militar dos EUA & da França. Segue-se uma longa ocupação militar, com a cumplicidade activa de países latino-americanos que se prestaram a enviar tropas para colaborar com o império. Mais recentemente um terramoto gigante que deixou o país destruído. E este foi seguido de imediato por uma invasão em grande escala de tropas estado-unidenses. O estado calamitoso do país, com as infraestruturas de saneamento básico arruinadas, levou à epidemia de cólera iniciada em 2010. E agora, 17 de Janeiro, para culminar, Baby Doc , o filhote do antigo ditador Duvalier, retorna de Paris . Ele volta protegido pelas tropas do imperialismo e dos governos latino-americanos que o servem – como o do Brasil, Chile e Uruguai. Vem tomar posse dos despojos. Tal como os abutres, também quer um naco do moribundo.


Publicado neste blog:

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

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Limpeza étnica...

Desenho de Carlos Latuff (Latuff2 on deviantART)

Publicado no jornal «Avante!»:

«O governo israelita aprovou uma norma que permite capturar e deportar os cidadãos palestinianos da Cisjordânia. A ONU já condenou por diversas vezes esta política»

«Todos os palestinianos são considerados potenciais criminosos»

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adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

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O que é o Sionismo

Stylianos Tsirakis (ST) – Em seu livro The Hidden History of Zionism (A História Oculta do Sionismo), você descreve quatro mitos sobre a história do sionismo. Nós gostaríamos que você explicasse um pouco seu livro.

Ralph Schoenman (RS) – O meu trabalho na Fundação Bertrand Russel foi importante por me dar a chance de documentar fatos da formação do Estado sionista de Israel. Em cursos e palestras que proferi em mais de uma centena de universidades americanas e européias, pude constatar que as pessoas não sabiam, não tinham conhecimento da história do movimento sionista, dos seus objetivos e de vários fatos. Nessas ocasiões deparei com concepções equivocadas sobre a natureza do Estado de Israel e foi isso que impulsionou o meu trabalho de escrever o livro, The Hidden History of Zionism, no qual eu abordo o que chamo de os quatro mitos que têm moldado a consciência nos Estados Unidos e na Europa sobre o sionismo e o Estado de Israel.

ST - Quais são esses quatro mitos?

RS – O primeiro mito é o da “terra sem povo para um povo sem terra“. Os primeiros teóricos sionistas, como Theodor Herzl e outros, apresentaram para o mundo a Palestina como uma terra vazia, visitada ocasionalmente por beduínos nômades; simplesmente, uma terra vazia, esperando para ser tomada, ocupada. E os judeus eram um povo sem terra, que se originaram historicamente na Palestina; portanto, os judeus deveriam ocupar essa terra. Desde o começo, os primeiros núcleos de colonos, promovidos pelo movimento sionista, foram caracterizados pela remoção, pela expulsão armada da população palestina nativa do local onde essa população vivia e trabalhava.

ST - Quais os outros três mitos?

RS – O segundo mito que o livro pretende discutir é o mito da democracia israelense. A propaganda sionista, desde o início da formação do Estado de Israel, tem insistido em caracterizar Israel como um Estado democrático no estilo ocidental, cercado por países árabes feudais, atrasados e autoritários. Apresentam então Israel como um bastião dos direitos democráticos no Oriente Médio. Nada poderia estar mais longe da verdade.

Entre a divisão da Palestina e a formação do Estado de Israel, num período de seis meses, brigadas armadas israelenses ocuparam 75% da terra palestina e expulsaram mais de 800 mil palestinos, de um total de 950 mil. Eles os expulsaram através de sucessivos massacres. Várias cidades foram arrasadas, forçando assim a população palestina a refugiar-se nos países vizinhos, em campos de concentração e de refugiados. Naquele tempo, no período da formação do Estado de Israel, havia 475 cidades e vilas palestinas, que caíram sob o controle israelita. Dessas 475 cidades e vilas, 385 foram simplesmente arrasadas, deixadas em escombros, no chão, apagadas do mapa. Nas 90 cidades e vilas remanescentes, os judeus confiscaram toda a terra, sem nenhuma indenização. Hoje, o Estado de Israel e seus organismos governamentais, tais como o da Organização da Terra, controlam cerca de 95% da terra palestina.

Pela legislação existente em Israel, é necessário provar, por critérios religiosos ortodoxos judeus, a ascendência judaica por linhagem materna até a quarta geração, para poder possuir terra, trabalhar na terra ou mesmo sublocar terra. Como eu digo sempre, nas palestras em que apresento meus pontos de vista, em qualquer país do mundo (seja Brasil, EUA, onde for), se fosse necessário preencher requisitos parecidos com esses, ninguém duvidaria do caráter racista de tal Estado; seria notória a existência de um regime fascista.

A Suprema Corte em Israel tem ratificado que Israel é o Estado do povo judeu e que, para participar da vida política israelense, organizar um partido político, por exemplo, ou ter uma organização política, ou mesmo um clube público, é necessário afirmar que se aceita o caráter exclusivamente judeu do Estado de Israel. É um Estado colonial racista, no qual os direitos são limitados à população colonizadora, na base de critérios raciais.

O terceiro mito do qual falo em meu livro é aquele criado para justificativa da política de Israel, que se diz baseada em critérios de segurança nacional. A verdade é que Israel é a quarta potência militar do mundo. Desde 1948, os EUA deram a Israel US$ 92 bilhões em ajuda direta. A magnitude dessa soma pode ser avaliada quando observamos que a população israelense variou entre 2 a 3 milhões nesse período. Se o governo americano dá algum dinheiro para países como Taiwan, Brasil, Argentina, e a aplicação desse dinheiro tiver alguma relação com fins militares, a condição é que as compras desse material têm que ser feitas dos EUA. Mas há uma exceção: as compras de material bélico podem ser feitas também de Israel. Israel é tratado pelos EUA como parte de seu território, em todos os assuntos comerciais.

O que motivaria uma potência imperialista a subsidiar tanto um Estado colonial? A verdade é que Israel não pode mesmo existir sem a ajuda americana, sem os US$ 10 bilhões anuais. Israel é, portanto, a extensão do imperialismo na região do Oriente Médio. Israel é o instrumento através do qual a revolução árabe é mantida sob controle. É, portanto, o instrumento através do qual as ricas reservas do Oriente Médio são mantidas sob o controle do imperialismo americano. É também um meio através do qual os regimes sanguinários dos países árabes são mantidos no governo, graças ao clima de tensão gerado por uma possível invasão israelense.

O quarto mito a que me refiro no livro, que tem influenciado a opinião pública mundial, refere-se à origem do sionismo, à origem do Estado de Israel. O sionismo tem sido apresentado como o legado moral do holocausto, das vítimas do holocausto. O movimento sionista tem como que se “alimentado” da mortandade coletiva dos 6 milhões de vítimas da exterminação nazista na Europa. Esta é uma terrível e selvagem ironia. A verdade é bem o oposto disso. A liderança sionista colaborou com os piores perseguidores dos judeus durante o século XIX e o século XX, incluindo os nazistas.

Quando alguém tenta explicar isso para as pessoas, elas geralmente ficam chocadas, e perguntam: o que poderia motivar tal colaboração? Os judeus foram perseguidos e oprimidos por séculos na Europa e, como todo povo oprimido, foram empurrados, impelidos a desafiar o establishment, o statu quo. Os judeus eram críticos, eram dissidentes. Eles foram impelidos a questionar a ordem que os perseguia. Então, o melhor das mentes da inteligência judia foi impelido para movimentos que lutavam por mudanças sociais, ameaçando os governos estabelecidos. Os sionistas exploraram esse fato a ponto de dizer para vários governos reacionários que o movimento sionista iria ajudá-los a remover esses judeus de seus países. O movimento sionista fez o mesmo apelo ao Kaiser na Alemanha, obtendo dele dinheiro e armas. Eles se reivindicavam como a melhor garantia dos interesses imperialistas no Oriente Médio, inclusive para os fascistas e os nazistas.

ST - Como se deu essa colaboração dos sionistas com os nazistas?

RS – Em 1941, o partido político de Itzhak Shamir (conhecido hoje como Likud) concluiu um pacto militar com o 3º Reich alemão. O acordo consistia em lutar ao lado dos nazistas e fundar um Estado autoritário colonial, sob a direção do 3º Reich. Outro aspecto da colaboração entre os sionistas e governos e Estados perseguidores dos judeus é o fato de o movimento sionista ter lutado ativamente para mudar as leis de imigração nos EUA, na Inglaterra e em outros países, tornando mais difícil a emigração de judeus perseguidos na Europa para esses países. Os sionistas sabiam que, podendo, os judeus perseguidos na Europa tentariam emigrar para os EUA, para a Grã- Bretanha, para o Canadá. Eles não eram sionistas, não tinham interesse em emigrar para uma terra remota como a Palestina. Em 1944, o movimento sionista refez um novo acordo com Adolf Eichmann. David Ben Gurion, do movimento sionista, mandou um enviado, de nome Rudolph Kastner, para se encontrar com Eichmann na Hungria e concluir um acordo pelo qual os sionistas concordaram em manter silêncio sobre os planos de exterminação de 800 mil judeus húngaros e mesmo evitar resistências, em troca de ter 600 líderes sionistas libertados do controle nazista e enviados para a Palestina. Portanto, o mito de que o sionismo e o Estado de Israel são o legado moral do holocausto tem um particular aspecto irônico, porque o que o movimento sionista fez quando os judeus na Europa tinham a sua existência ameaçada foi fazer acordos, e colaborar com os nazistas.

Ralph Schoenman foi diretor-executivo da Fundação pela Paz Bertrand Russell, papel através do qual conduziu negociações com inúmeros chefes de Estado. Com seu trabalho assegurou a libertação de prisioneiros políticos em muitos países e fundou o Tribunal Internacional dos Crimes de Guerra dos Estados Unidos na Indochina, organização da qual foi secretário-geral. Velho militante, fundou o Comitê dos 100, que organizou a desobediência civil massiva contra as armas nucleares e as bases americanas na Grã-Bretanha. Foi também fundador e diretor da Campanha de Solidariedade ao Vietnã e diretor do Comitê “Quem Matou Kennedy?” Tem sido líder do Comitê por Liberdade Artística e Intelectual no Irã e co-diretor do Comitê em Defesa dos Povos Palestino e Libanês e do Movimento de Solidariedade de Trabalhadores e Artistas Americanos. Atualmente é diretor executivo da Campanha Palestina, que clama pelo fim de toda ajuda a Israel e por uma Palestina laica e democrática.

In

 

O Exército do Crime (L'Armeé du Crime), um filme de Robert Guédiguian

L’Affiche Rouge

«O Exército do Crime» era como os nazis chamavam ao grupo de resistentes franceses liderados por Missak (Michel) Manouchian no berrante cartaz vermelho celebrizado pelos versos de Aragon e a música de Léo Ferré.

Publicado neste blog (do mais antigo para o mais recente):

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                    

O Haiti visto por caricaturistas de Rebelión (IX)

Josetxo Ezcurra, Rebelión de 17 de Fevereiro

                                                       

Para Ler:

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                     

O Haiti visto por caricaturistas de Rebelión (VIII)

Iván Lira, Rebelión de 15 de Fevereiro

                                                       

Para Ler:

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                     

O Haiti visto por caricaturistas de Rebelión (VII)

Tomy, Rebelión de 15 de Fevereiro

                                                       

Para Ler:

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                     

O Haiti visto por caricaturistas de Rebelión (VI)

Toto , Rebelión de 14 de Fevereiro

                                                       

Para Ler:

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                     

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