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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Obscena riqueza

Sacrificio.jpg

A concentração da riqueza mundial assim como o seu agravamento foram confirmados num relatório divulgado dia 7 pelo Boston Consulting Group (BCG).

Segundo o texto, um por cento da população possui 47 por cento da riqueza acumulada em rendimentos, depósitos e títulos.

Os EUA são os campeões dos multimilionários, seguidos pela China; proporcionalmente ao número de habitantes o Liechtenstein e a Suíça surgem à cabeça.

Ainda assim, é na América do Norte que o BCG identifica o mais profundo fosso na desigualdade e concentração da riqueza, com os milionários norte-americanos a deterem 63 por cento do total do valor estimado das fortunas privadas.

Quanto à progressão da riqueza concentrada, o relatório do gabinete financeiro indica que em 2015 ela cresceu 5,2 por cento contra os cerca de sete por cento em 2014.

Nos paraísos fiscais o aumento foi de três por cento e o BCG considera que, apesar dos escândalos e denúncias envolvendo territórios de fraca fiscalidade e forte sigilo quanto à propriedade e proveniência do capital, aqueles deverão continuar a ser um dos destinos preferidos para salvaguardar colossais fortunas.

 

O «superior interesse nacional« tem um valor

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«(...)

Só nestas três operações: juros da dívida, intervenções na banca e contratos SWAP, os portugueses pagam, a cada dia que passa, qualquer coisa como 30,6 milhões de euros.

30,6 milhões de euros que saem do país por dia, escoando para uma qualquer conta de um qualquer grupo económico, ou vários.

Está explicado porque é que para Cavaco, Passos, Portas e Seguro, para PSD, PS e CDS, cada dia que passa e cada dia que aguentam a actual política é já um dia ganho.

Ou melhor, são 30,6 milhões de euros ganhos, o que equivale a 1 892 760 dias de trabalho remunerado com o Salário Mínimo Nacional, ou seja, a riqueza gerada por mais de um milhão de trabalhadores. 5 185 anos de um trabalhador português saem do nosso país.

A cada dia que passa sob esta política, sacrificam-se 5 185 anos de trabalho de um português aos altares dos mercados.

Estranho é este "superior interesse nacional".»

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Gostava de ter escrito ISTO...

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Conselho Europeu: a inexistência de qualquer linha política e económica

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1 - As conclusões do Conselho Europeu não iludem o indisfarçável aprofundamento da crise social, económica, política e institucional em que a União Europeia está mergulhada. Simultaneamente, evidenciam, na linha de anteriores reuniões, a inexistência de qualquer linha política e económica que, de facto, possa contrariar o rumo de desastre em curso.

À excepção da proposta de aprofundamento da União Económica e Monetária, em termos práticos, estas conclusões mais não são do que um mero e já várias vezes repetido enunciado de objectivos, orientações e medidas que, para além de não resolverem nenhum dos problemas existentes, estão na origem da crise e a aprofundam a cada passo dado.

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A soma dos salários dos vinte magníficos atinge 15 131 839 €!!!...

Num ano com 365 dias de calendário descontemos os sábados, os domingos, os feriados e o período normal de férias. Multipliquemos o resultado por oito horas diárias de trabalho. Encontrado esse valor dividimo-lo pelo salário ganho pelo senhor Zeinal Bava, presidente executivo da Portugal Telecom.

A que conclusão chegámos?

À seguinte conclusão: o senhor Zeinal Bava, em 2010, teve um salário de 1.416.959 euros, o que significa que, por cada hora de trabalho, recebeu 777 euros, ou seja, cerca de 13 euros por cada 60 tiquetaques de segundo.

Mas ele, com tal salário, não está só.

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Notícias AQUI e AQUI

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PEC ou PIA?

   Qual a realidade do nosso país? Estamos perante efectivos PEC (Programa de Estabilidade e Crescimento) ou perante bem concretos PIA (Programa de Instabilidade e Afundamento)?

A União Europeia (UE) está a ser sacudida por um violento sismo económico e político. Sismo esse que resulta da expressão da crise estrutural do sistema capitalista. Crise que é também a crise dos fundamentos e das políticas da UE.

Importa recordar tudo o que foi dito e escrito pelos principais dirigentes políticos desta Europa comunitária nos últimos três anos. É um interessante exercício de memória cujos resultados são reveladores.

Lembram-se os leitores das profissões de fé sobre mudança, responsabilidade, supervisão e controlo? E dos discursos que apresentavam a UE como espaço protegido contra a crise e o euro como seu escudo? E onde estão as inflamadas afirmações sobre a derrota das teorias do neoliberalismo, o fim dos off-shores, a taxação do capital financeiro, a aposta no emprego, a coesão social, etc., etc., etc? A realidade nua e crua, afinal, é outra. As instituições da UE e os governos ditos nacionais foram os instrumentos fundamentais do grande capital para transformar a dívida privada em dívida pública. E para que se operasse uma gigantesca operação de transferência maciça de dinheiros públicos para os cofres do capital financeiro.

Este saque ainda não terminou. Anuncia-se desde já a disponibilidade para considerar novas ajudas estatais à banca. O pretexto é sempre o mesmo: a sua estabilização. O que se pretende, de facto, é intensificar o roubo que representa a transferência directa dos activos tóxicos do sector financeiro para as contas públicas.

No caso de Portugal, a primeira década do século XXI coincidiu com os primeiros anos de permanência na União Económica e Monetária (UEM). O nosso país é bem o exemplo das consequências da aplicação das políticas e do conjunto de orientações que enformam a UEM, em particular as do Banco Central Europeu. Dez anos de uma continuada estagnação económica, com taxas médias de crescimento anual de 0,4%. Como resultado da destruição dos sectores produtivos, o nosso défice da balança de mercadorias situa-se hoje nos 10% do PIB. Assistimos ao aumento exponencial da dívida externa. O endividamento externo líquido, em percentagem do PIB, saltou de cerca de 32% para cerca de 107%, entre 1999 e 2010.

Há muito que PS, PSD e CDS, juntos ou à vez, abdicaram das tarefas da promoção do crescimento económico, do emprego e do bem-estar das populações. Como bons alunos, obedientes e bem comportados, em nome do combate ao défice e da aplicação dos critérios do Pacto de Estabilidade e Crescimento, praticaram e praticam, no plano social, a política de terra queimada e do nivelamento por baixo. No plano económico e financeiro, a lei do mais forte.

A resposta à crise e a solução dos problemas do desenvolvimento do país e da União Europeia não passam pela imposição de medidas de austeridade que se renovam sem cessar. Não passam pela espiral de endividamento, nem por soluções que deixam mão livre à agiotagem financeira e aos interesses do grande capital. Não passam pelo recurso a um fundo com as velhas imposições draconianas do FMI.

A alternativa não pode passar, nem passa, ou por PEC's que, no caso da dívida soberana, sugam a riqueza produzida em Portugal em 8 mil milhões de euros por ano. Ou pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), e/ou pelo FMI, que, pelo exemplo que nos chega da Irlanda ou da Grécia, nos iriam espoliar nos próximos 20 a 30 anos de pelo menos 8 mil milhões de euros todos os anos.

As respostas à crise passam inevitavelmente pela ruptura com as políticas dominantes da direita em Portugal e com os eixos fundamentais do processo de integração capitalista europeu. Concretizar essas políticas alternativas tornou-se numa necessidade imperiosa para assegurar uma vida melhor para os portugueses.

Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação

In jornal "Público" - Edição de 1 de Abril de 2011

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Alguém anda a engordar à nossa custa

«Vivemos acima das nossas possibilidades», dizem eles.

Os arautos desta proclamação alicerçam-na no facto de importarmos mais produtos do que exportamos.

De facto, no decurso do 1.º trimestre do corrente ano, comprámos no estrangeiro bens no valor de 12 909 milhões de euros e, em contrapartida, vendemos produtos na ordem dos 8490 milhões de euros, ou seja, tivemos naquele período um saldo negativo de 4419 milhões de euros. Caso esta situação se mantenha até ao final do ano isso significa um défice anual em cerca de 17 676 milhões de euros. Se dividirmos este número pelos número de residentes em Portugal a conclusão, meramente estatística, é óbvia: cada português, dizem as vozes do dono, vive acima das suas possibilidades, em termos anuais, em cerca de 1663 euros!

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Considerações breves sobre a crise e sua evolução

     A crise pôs e continua a pôr em evidência estas erradas opções políticas e «teorias» económicas que não são neutras. Servem os interesses das classes dominantes e para melhor aceitação são revestidas com a capa de ciência económica e divulgadas por universidades e académicos enfeudados ao sistema.

                                                                           

A «saída» da crise

    Anda muita gente atarefada em vender a ideia que o pior da crise financeira, económica e social já passou. Coincidência das coincidências esta mensagem é quase avassaladora nos países a viverem processos eleitorais, como na Alemanha ou em Portugal.

Quais as provas? A saída da recessão técnica em alguns países é um sinal seguro, dizem. Depois, escrevem, há alguns «danos colaterais», como essa coisa menor de o desemprego continuar a subir. Mas enfim, não se pode ter tudo…

Curioso é o facto de os mesmos, economistas e políticos, que foram incapazes de prever a crise, as suas causas e os seus efeitos, a sua forma e o seu conteúdo, surgirem agora, quais pitonisas, a prever o seu fim para breve.

Mas será assim?

Todos os indicadores apontam para uma não criação de emprego líquido nos meses mais próximos – segundo o «Financial Times» nas economias desenvolvidas, o índice de desemprego ultrapassará os 10% em 2010. Por outro lado, o consumo não dá sinais de reactivação. A crise social atinge mesmo os países ditos mais ricos. A crise económica generaliza-se a múltiplos sectores: da indústria automóvel à aeronáutica, dos transportes aéreos ao turismo, e por aí fora. Assiste-se a uma quebra do consumo mundial de energia, em particular de combustíveis. Mas também na energia eléctrica, sector onde em 2009 se prevê uma queda de 3,5%, a primeira vez que tal sucede desde 1945.

O sistema financeiro mundial apesar das medidas adoptadas continua totalmente arruinado. «As entidades bancárias tradicionais enfrentam perdas potenciais derivadas de empréstimos e activos no valor de biliões de dólares, para além de sofrer uma grave falta de capitalização.», escreve-se no citado jornal.

A realidade, a dura realidade, como sempre impõe-se à propaganda do fim da crise e da superação dos actuais problemas. A realidade é que nem sequer as tão propagandeadas e claramente insuficientes medidas de regulação foram adoptadas. Continua o livre curso das actividades especulativas do grande capital financeiro. Recorde-se, por exemplo, a propaganda feita em torno do fim dos off-shores e veja-se a realidade actual. Nem um, para amostra, foi encerrado. Ao contrário, sucedem-se as notícias, como em Portugal, da canalização de milhares de milhões de Euros para os paraísos fiscais.

A realidade é que não se alterou nada na economia mundial. A acumulação prossegue. A exploração aumenta. A pobreza e o desemprego alastram. É esta a dura realidade daqueles que sentem na pele os efeitos da crise do sistema capitalista. Pode-se mesmo afirmar que o sistema não se regenera, reproduz-se.

E quem paga a crise?

Não certamente, os financeiros de Wall Street e das bolsas mundiais (incluindo a portuguesa). Esses, duma forma clara, procuram criar uma nova «bolha» especulativa de lucros. A novidade é que o fazem não com dinheiros privados, mas sim com dinheiros públicos. Milhares de milhões de euros ou dólares provenientes dos impostos pagos por toda a sociedade. Dinheiros que os governos puseram de uma forma compulsiva ao serviço de um novo ciclo de rentabilidade capitalista. Não certamente o grupo restrito de multinacionais e multimilionários que multiplica a uma escala inimaginável os seus activos empresariais e as suas fortunas pessoais.

Quem paga a crise são aqueles, a esmagadora maioria das pessoas, a quem o processo inflacionário e de recessão gera fome, pobreza e desvalorização acentuada do poder de compra. São os sectores mais desprotegidos que sofrem na pele os chamados «ajustes» de uma crise social de efeitos imprevisíveis com despedimentos massivos.

Vivemos tempos em que se colocam grandes opções. Tempos que exigem corajosas decisões. Existem, ou não, políticas e modelos de desenvolvimento verdadeiramente alternativos? Há, ou não, forças disponíveis para encontrar os caminhos da sua concretização?

Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação

                                                                                                                                          

In jornal "Público" - Edição de 20 de Setembro de 2009

                                                                                          

Quatro embustes do Governo PS

Texto Vasco Cardoso

     Perante a vertiginosa degradação das condições de vida dos trabalhadores e da população, confrontado com o desmoronamento do actual quadro económico nacional e internacional e o avolumar das contradições do sistema capitalista, acossado por importantes movimentações de massas, o Governo PS ensaia uma poderosa operação de branqueamento da sua política com vista ao próximo ciclo eleitoral.
                                                                   

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