Precariedade: Unidade dos trabalhadores, organização e acção sindical
Texto de Francisco Lopes
O Governo PS, prosseguindo e aprofundando a política de direita, tem desenvolvido uma forte ofensiva ao serviço dos interesses de classe dos grupos económicos e financeiros em cooperação estratégica com o Presidente da República, que atinge fortemente os interesses dos trabalhadores e do povo português e compromete o futuro do País.
Uma das consequências mais negativas dessa ofensiva na situação actual dos trabalhadores é a generalização da precariedade, obedecendo a uma estratégia de redução de direitos, de agravamento da exploração, de condicionamento da organização e enfraquecimento da capacidade reivindicativa dos trabalhadores.
A precariedade não pode ser desligada dos restantes aspectos da situação dos trabalhadores e da ofensiva do Governo e do capital, mas implica contudo uma análise específica. As suas consequências na vida dos trabalhadores em situação precária, o seu impacto nos direitos de todos os trabalhadores, os seus efeitos na organização sindical e na luta, aspectos ideológicos que lhe estão associados quer na sua justificação pelo capital, quer em concepções que se reclamam da sua contestação e ainda a importância que tem a avaliação e dinamização das orientações e medidas para a combater, são algumas das razões que impõem o aprofundamento da análise da precariedade e uma intervenção reforçada para lhe fazer frente.
A precariedade no trabalho é uma praga social que se está a alargar em Portugal, atingindo mais de um milhão e duzentos mil trabalhadores, envolvendo situações de contratos a termo, trabalho temporário, falsa prestação de serviços, recibos verdes, bolsas de investigação e estágios profissionais, nos mais diversos sectores incluindo a Administração Pública.
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