Mais de 250 mil pessoas, oriundas de todas as partes do país, concentraram-se em Washington para exigir trabalho, liberdade, justiça social e o fim da segregação racial contra a população negra dos EUA.
Organizada, entre outros, pelo activista dos direitos humanos e pacifista Martin Luther King, a manifestação foi determinante para a aprovação das leis de direitos civis e direito de voto, em 1964 e 1965.
Foi nesta impressionante manifestação de massas que Luther King fez o discurso com a frase que ficou célebre em todo o mundo: «I Have a Dream!» (Eu tenho um sonho!).
Distinguido em 1964 com o Prémio Nobel da Paz, Martin Luther King foi assassinado em 4 de Abril de 1968, em Memphis, Tennessee.
Mais de meio século depois da Marcha, o racismo nos EUA está longe de ter sido erradicado.
Pacifistas, anti-racistas e militantes políticos de esquerda dos EUA responderam com uma energia e indignação sem precedentes à rusga coordenada do FBI a nível nacional contra as casas de respeitados dirigentes políticos. Na semana seguinte, houve acções de protesto em 46 cidades. Foi criado o Comité Fim à Repressão do FBI para coordenar a contestação aos ataques da polícia federal de investigação. Dezenas de organizações locais, regionais e nacionais, incluindo o San Francisco Labour Council, pronunciaram-se contra os raids do FBI.
A última acção repressiva começou a 24 de Setembro quando agentes do FBI munidos de mandados do grande júri invadiram as casas de vários pacifistas e activistas pelos direitos sociais em Minnesota, Michigan e Illinois. A 2 de Outubro, 13 deles já haviam sido intimados a comparecer perante o grande júri, em Chicago, a 5 de Outubro. Para esta data foi marcado novo protesto para exigir o fim das intimações e o slogan «Não à investigação do grande júri» deve tornar-se o lema do movimento nacional para pôr cobro a este perigoso precedente.