Como se destrói um país...
A opinião pública internacional assobiou para o lado.
Desde janeiro saíram da Grécia 30 mil milhões de euros...
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A opinião pública internacional assobiou para o lado.
Desde janeiro saíram da Grécia 30 mil milhões de euros...
O PCP considera que os resultados das eleições gregas representam uma derrota dos partidos que, ao serviço do grande capital, têm governado a Grécia e que, com a União Europeia, são responsáveis pela política de desastre económico e social que tem sido imposta ao povo grego – traduzindo-se na redução da percentagem conjunta agora obtida pela Nova Democracia e pelo PASOK.
Representam igualmente uma derrota para aqueles que no quadro da União Europeia procuraram, através de inaceitáveis pressões, chantagens e ingerências, condicionar a expressão eleitoral do profundo descontentamento e vontade de mudança política do povo grego.
Os resultados eleitorais expressam a rejeição da política imposta por sucessivos “programas de ajustamento” acordados com a troika, de intensificação da exploração dos trabalhadores, de destruição de direitos laborais e sociais, de negação das mais básicas e essenciais condições de vida, de declínio económico e de abdicação de soberania, sob o ditames da União Europeia e do Euro.
A rejeição do rumo de empobrecimento e de desastre económico e social, e a vontade de mudança de política traduziu-se na vitória do SYRIZA que foi a força política mais votada.
O Partido Comunista da Grécia obteve um resultado que contribuirá para o prosseguimento da luta que desenvolve em defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo grego e contra as políticas que, ao serviço do grande capital e do imperialismo, tanto sofrimento têm imposto na Grécia.
O PCP alerta para as manobras daqueles que, no quadro da União Europeia procurarão, como aliás já anunciaram, assegurar o prosseguimento do essencial da política de empobrecimento e desastre económico e social na Grécia e a continuação do domínio da União Europeia e do seu directório de grandes potências, liderado pela Alemanha.
Reiterando a sua solidariedade aos trabalhadores e ao povo grego, o PCP sublinha que serão estes a alcançar, pela sua luta, a resposta às suas necessidades e interesses e a concretização das suas legítimas aspirações a uma vida melhor, à sua dignidade e soberania - decidindo, sem quaisquer ingerências, o seu presente e futuro.
Para o PCP a solução dos graves problemas económicos e sociais que afectam a generalidade dos países na União Europeia exige a ruptura com as políticas, os instrumentos e os mecanismos de integração capitalista que os geram. Só este caminho permitirá respeitar de facto os sentimentos que o povo grego agora expressou.
Em Portugal, esse caminho passa necessariamente pela ruptura com a política de direita e por uma política patriótica e de esquerda que, entre outras opções fundamentais, passa pela renegociação da dívida de acordo com os interesses nacionais; pelo estudo e preparação do País para a sua libertação do domínio do Euro; por uma decidida política de aposta na produção nacional; pelo reforço do poder de compra dos trabalhadores e do povo; pelo controlo público dos sectores estratégicos, nomeadamente o sector financeiro; pela defesa e promoção dos serviços públicos; pelo combate à injustiça fiscal; por uma política que afirme o primado dos interesses do País e a defesa da soberania e independência nacionais.
Em Portugal face ao rumo de exploração, empobrecimento e declínio nacional, está nas mãos do povo português com a sua luta e o seu voto abrir um caminho vinculado aos valores de Abril e, pela sua parte, o PCP tem soluções para o País e está preparado para assumir todas as responsabilidades que o povo português entenda atribuir-lhe.
É com confiança que o PCP reafirma que nenhum obstáculo será inultrapassável se enfrentado por um povo decidido a tomar nas suas mãos o seu presente e futuro.
É esta «Europa», decadente, em crise e em que o medo e a chantagem são armas de domínio, que vai também estar em julgamento nas eleições do próximo domingo na Grécia. Um país destruído economicamente, asfixiado por uma dívida imposta, vendido a retalho e ao preço da chuva ao grande capital estrangeiro, completamente submetido aos ditames dos seus «credores» e senhores e com um povo a sangrar feridas sociais, de dignidade e de soberania – é este País que vai a votos no domingo. Um povo massacrado e ferido, mas também um povo que há quase uma década protagoniza lutas sociais e de massas de grande envergadura para as quais o movimento sindical de classe e os comunistas gregos deram e dão contributos decisivos.
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A Grécia continua a atrair a atenção de trabalhadores de muitos países de todo o mundo, considerando as novas e crucialmente importantes eleições parlamentares, as quais serão efectuadas a 17 de Junho, pois nenhum dos três partidos que receberam maior número de votos pôde forma uma coligação de governo. De particular interesse, a julgar pelos artigos relevantes em jornais, revistas e sítios web comunistas e progressistas, estão os resultados das eleições recentes bem como a linha política traçada pelo Partido Comunista da Grécia (KKE), o qual ficou na linha de fogo de vários analistas neste período. Mas vamos começar pelo começo.
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«1. O resultado da eleição leva ao reforço da tendência para a renovação da cena política, tal como foi formado durante três décadas com a rotação da ND e do PASOK no governo uma vez que estes partidos sofreram uma pesada derrota. A reversão da cena política, na forma que assumiu com o resultado da eleição, não constitui qualquer viragem (overthrow) política. Nas condições de justificada cólera e indignação, prevaleceu a lógica da punição e a ilusão de que existem soluções imediatas a partir de cima e através de negociações. No entanto, o resultado da eleição mostra a tendência positiva que está a ser esboçada, a tendência para uma viragem radical ao nível de força contra as ilusões de uma solução fácil. Apesar do declínio espectacular da ND e do PASOK o resultado da eleição não constitui uma nova era na correlação de forças entre o povo e os monopólios, uma viragem ou uma "revolução pacífica" como tem sido dito.»
Acerca dos resultados das eleições de 6 de Maio de 2012 (Aleka Papariga)
«Os resultados da eleição mostram definitivamente uma reversão do cenário político que nos é familiar, a interrupção da rotação dos dois partidos, PASOK e ND. Estamos a mover-nos para uma fase transicional onde haverá uma tentativa de criar um novo cenário político com novas formações, novas figuras com uma orientação de centro-direita ou baseada numa nova social-democracia que terá o SYRIZA como núcleo, destinada a impedir a ascensão do radicalismo do povo que levaria as coisas rumo a um verdadeiro derrube [da reacção] em favor do povo. Haverá uma tentativa de formar um governo ou a partir destas eleições ou de eleições a seguir, um governo composto por todos os partidos, ou um governo de unidade nacional, ou uma coligação governamental destinada precisamente a impedir a criação de uma maioria que lute pela mudança.»
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O governo de sociais-democratas (PASOK) e liberais (ND) prosseguirá com a criação de campos de concentração para imigrantes, utilizando financiamento da União Europeia (UE). Estes campos funcionarão com o objectivo de deportar pessoas desamparadas, as quais em resultado de guerras e intervenções imperialistas e da barbárie capitalista nos seus países procuram um melhor destino nos países da UE.
É característico que eles terão cercas de arame farpado triplas com três metros de altura, de acordo com os padrões da NATO. A guarda externa será executada por equipes de polícias armados e a interna por pessoal de segurança privada. Isto será apoiado por ferramentas técnicas de vigilância (CCTV, televisão em circuito fechado).
Por este meio a coligação governamental dos dois maiores partidos burgueses afirma que por um lado resolverá a questão dos imigrantes ilegais e por outro criará empregos, supostamente combatendo o desemprego.
A declaração do Gabinete de Imprensa do CC do KKE diz o seguinte:
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O Conselho Europeu de 23/24 de Junho foi bem ilustrativo da natureza de classe da União Europeia e de como as suas instituições e políticas estão inteiramente ao serviço do grande capital e das grandes potências e, mais especificamente, ao serviço do grande capital financeiro (cada vez mais corrupto, especulativo e parasitário) e das ambições da Alemanha. E confirmou o que de há muito bem sabemos: que a ruptura com o processo de integração capitalista que, do Tratado de Roma aos objectivos da «Estratégia Europa 2020» e ao «Pacto para o Euro Mais», vem reforçando o seu carácter neoliberal, federalista e militarista é necessária para defender as aquisições civilizacionais de décadas de duras lutas populares.
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Os trabalhadores gregos voltaram a paralisar o país no dia 15, naquela que foi a 14ª greve geral no espaço de um ano convocada pela PAME e a oitava que teve a adesão das centrais reformistas.
Em 17 de Dezembro de 2009, a Frente Sindical de Todos os Trabalhadores (PAME) convocou a primeira greve geral contra o primeiro pacote de medidas antipopulares anunciado pelo então recém-eleito governo do PASOK.
Desde essa data não houve praticamente uma semana que não tenha ficado marcada por protestos dos mais variados sectores e profissões. Face aos ataques consecutivos do governo contra os salários e prestações sociais, os direitos laborais e sociais, a PAME, frente sindical apoiada pelos comunistas, desencadeou um movimento de massas que se foi ampliando, redobrando de força e firmeza.
(sublinhados meus)
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