«De joelhos diante de Deus, de pé diante dos homens» e «Fostes resgatados por grande preço, não queirais tornar-vos servos dos homens» são duas máximas de D. António Ferreira Gomes, bispo do Porto entre 1952 e 1982, e uma figura emblemática da segunda metade do século XX.
Defensor da Declaração Universal dos Direitos do Homem, proclamada em 1948, sempre conviveu mal com a ditadura fascista de Salazar.
A seguir à campanha do General Humberto Delgado para a Presidência da República e à fraude eleitoral montada pelo regime, tornou-se conhecido o 'pró-memória' enviado pelo bispo a Salazar a anteceder um encontro com o então Presidente do Conselho.
No documento, conhecido erradamente como Carta a Salazar (13 de Julho de 1958), propunha para debate temas como a equidade e justiça social, o direito à greve, o sindicalismo livre e não tutelado pelo Estado corporativo e a livre criação de partidos.
Salazar não perdoa o desaforo e o bispo é condenado oficiosamente ao exílio.
Regressa a Portugal em 1969, nunca deixando de ser uma figura polémica e incómoda.
Percurso urbano pela história da cidade de Gouveia na descoberta do património urbano mais relevante da cidade.
Durante o percurso encontramos o Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta - significativamente instalado num edifício setecentista, o antigo Solar dos Condes de Vinhó e Almedina, patrocinadores dos estudos artísticos de Abel Manta - espaço que alberga o núcleo da obra de Abel Manta, à qual se juntam trabalhos de ilustres mestres como Vieira da Silva, Joaquim Rodrigo, Júlio Resende, Júlio Pomar, Menéz e Paula Rego; a Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira e o espólio do escritor; o Bairro do Castelo, o mais antigo núcleo urbano da cidade; A Rua Direita; a Casa da Torre (séc XV/XV); A Praça de S. Pedro, com as Igrejas de S. Pedro e da Misericórdia, os Paços do Concelho e o Espaço Arte e Memória e Pátio do Museu.
FOLGOSINHO:
Antiga Vila e sede de Concelho, é caracterizada pelo casario simples e tradicional.
O seu isolamento - cerca de 900m de altitude- sempre lhe conferiu um lugar de destaque na defesa do território, tanto do vale médio do Mondego, como do vale inicial, já embrenhado na Serra da Estrela. Produto de lendas e "estórias", segundo o povo, por aqui andaram Viriato e Afonso Henriques, que a calcorrear a Serra, combateram romanos e "mouros" e traçaram o natural aspeto resistente e rude destas gentes, que fazem da montanha o seu lar.
O percurso inicia-se no Adro de Viriato, seguindo pela Rua do Quebra Costas até à "Casa de Viriato".
Depois na rua do Outeiro de Cima vamos encontrar marcas judaicas e cruciformes e seguindo pelo jardim do Viriato, Igreja de S. Pedro, Rua da Judiaria vamos até ao Castelo de Folgosinho, com a Capela de S. Faustino e Quintã do Pedrão.