«A situação que hoje se vive na Ucrânia, nomeadamente com a ascensão ao poder de forças fascistas, a perseguição anticomunista e a escalada de confrontação com a Rússia é o desenvolvimento lógico da «cavalgada» do imperialismo para Leste que se seguiu às derrotas do socialismo na RDA e noutros países socialistas.»
Perante a campanha anticomunista de intoxicação da opinião pública desencadeada a pretexto da passagem de 25 anos sobre a chamada «queda do muro de Berlim», o PCP considera necessário afirmar o seguinte:
1. Mais do que a «queda do muro de Berlim» o que as forças da reacção e da social-democracia celebram é o fim da República Democrática Alemã (RDA), é a anexação (a que chamam de «unificação») da RDA pela República Federal Alemã (RFA) com a formação de uma «grande Alemanha» imperialista, é a derrota do socialismo no primeiro Estado alemão antifascista e demais países do Leste da Europa e, posteriormente, a derrota do socialismo na URSS.
2. A criação da RDA socialista, herdeira das heróicas tradições revolucionárias do movimento operário e comunista alemão (de que, na sequência de Marx e Engels, são símbolos Rosa Luxemburgo, Karl Liebknecht e Ernest Thalmann) é inseparável da vitória sobre o nazi-fascismo na 2.ª Guerra Mundial e produto das aspirações do martirizado povo alemão à liberdade, à paz e ao progresso social.
A responsabilidade da divisão da Alemanha, a que desde o primeiro momento a URSS se opôs, cabe inteiramente às potências imperialistas (Estados Unidos, Grã-Bretanha e França) que nas respectivas zonas de ocupação, e ao contrário do que aconteceu na zona de ocupação soviética, não só não desmantelaram completamente as estruturas hitlerianas como protegeram os nazis e os monopólios alemães (Krupp, Siemens, e outros) responsáveis pela carnificina da guerra e criaram em 23 de Maio de 1949, contra os próprios Acordos de Ialta (Fevereiro de 1945) e de Potsdam (Julho/Agosto de 1945), uma RFA capitalista amarrada ao imperialismo norte-americano e à NATO, fundada aliás nesse mesmo ano, seis anos antes da resposta dos países socialistas do Leste da Europa com a criação do Tratado de Varsóvia em 1955, na sequência da entrada da RFA na NATO.
Publicado neste blog:
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Impõe-se-me passar a escrito determinadas coisas de que ainda recordo bem, abordar uma série de questões que me inquietam profundamente e formular reflexões sobre certos acontecimentos. Ainda não sei o que deva fazer com estas notas, e se ainda conseguirei dar aos meus pensamentos uma forma ordenada. Escrevo estas linhas na prisão de Berlim-Moabit – prisão que conheço bem ainda do tempo do nazismo, tal como muitos outros comunistas, sociais-democratas e outros antifascistas. Logo em 1933 esta prisão desempenhou um papel muito particular na repressão dos adversários políticos do imperialismo alemão.
Caso estas linhas venham um dia a ser publicadas, então elas destinam-se àqueles que querem analisar seriamente o passado, contrariamente aos pretensos «obliteradores da história», cujo único objectivo é difamar o socialismo para atrasar tanto quanto possível o inevitável afundamento do capitalismo.
Não se encontrará nestes escritos nenhuma concessão à sociedade de exploração capitalista, à sua ideologia e «moral».
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Esta declaração de Erich Honecker perante o tribunal, em 1992, trata-se inquestionavelmente de um importante documento histórico.
Independentemente de algumas discordâncias que suscitará, este texto curto e acessível contém valiosas considerações sobre o socialismo na RDA (República Democrática Alemã), bem como sobre as condições históricas em que se formou e existiu ao longo de 40 anos.
É também um texto de combate contra o revanchismo burguês. Permite-nos concluir, sem sombra de dúvidas, que o seu autor, ao contrário de outros dirigentes de países socialistas, não traiu o seu país, nem os seus ideais comunistas, morrendo com essa convicção profundamente arreigada.
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Notícias hoje [9 de Novembro] divulgadas dão-nos conta de uma realidade perturbadora: «Quase duas mil pessoas morreram em 2011 durante a tentativa de emigrar para a Europa, das quais 1.500 no primeiro semestre (...)». São mais de 15 vezes o número de mortos oficialmente reconhecidos como resultantes da existência do chamado "muro de Berlim", durante os seus quase 30 anos de existência.
In blog «O Companheiro Vasco»
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Porque se desmoronou a RDA (República Democrática Alemã)?
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«Resumindo: independentemente da quantidade de erros e da sua dimensão que a RDA e a direcção do Estado e o Partido cometeram – e certamente não houve poucos e entre eles grandes asneiras – não foram os próprios erros que lhe ditaram a sentença de morte. Todos os países socialistas europeus estavam unidos com a União Soviética para o que desse e viesse; com a sua derrocada, a queda de todos eles era inevitável.»
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Esta notícia do Jornal das 8 da TVI do dia 13 de Agosto de 2011, sobre o aniversário da construção do chamado Muro de Berlim (a partir do minuto 46) merece ser vista e analisada. Pelas mentiras que contém. Pelo que não diz. Pela linguagem.
O muro não dividia dois estados: a RFA (República Federal Alemã) da RDA (República Democrática Alemã).
Dividia a cidade de Berlim (o que, convenhamos, não é bem a mesma coisa...), capital da RDA, bem no interior deste país, como se pode ver pelo mapa.
Berlim Ocidental tinha, à luz do direito internacional, um estatuto especial. Era uma entidade jurídica própria: nem pertencia à RFA (cuja capital era Bona), nem à RDA.
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C-I-N-Q-U-E-N-T-A anos depois dos acontecimentos é eslarecedor verificar que a linguagem da chamada guerra-fria não desapareceu.
E a propósito: quantos espectadores da TVI sabem que a Alemanha existe como estado porque os dirigentes da União Soviética se opuseram de uma forma inflexível às propostas dos EUA, do Reino Unido e da França durante a II Guerra Mundial, visando o seu desmembramento? Mas isso será motivo para um outro post...
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A propósito da passagem dos 20 anos da proclamada "reunificação alemã", convidamos a revisitar um conjunto de artigos de opinião e tomadas de posição do PCP, produzidas ao longo das últimas duas décadas, que ajudam a compreender a natureza de um processo movido pela afirmação das aspirações imperialistas da Alemanha.
Uma avaliação cuja justeza é inteiramente confirmada pelos desenvolvimentos posteriores verificados, tanto na Alemanha e na UE, como na Europa e no mundo em geral, e o quadro patente de grave crise sistémica do capitalismo.
Foto do modelo P50: o primeiro Trabant, produzido na República Democrática Alemã de 1957 a 1962 com um modesto motor de 500 cm3. Carroçaria de plástico, dois cilindros, dois tempos, refrigeração a ar. O o estilo mudou pouco até os últimos dias do P601, com motor de 594 cm3, na foto em baixo.
No vídeo pode ver a beleza da indústria automóvel nos seus meticulosos protocolos de controlo de qualidade, na atenção dada aos mais ínfimos pormenores, num carro literalmente inspeccionado à mão e com os pés...
Para ver o vídeo clicar AQUI
Agora digam lá que cá pelas bandas do Castendo não há sentido de humor...
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