«Nem as brutalidades, nem as sevícias, nem as torturas me obrigaram alguma vez a pedir clemência, porque prefiro morrer de cabeça erguida, com fé inquebrantável e confiança profunda no destino do meu país, do que viver na submissão e no desprezo pelos princípios sagrados. A História dirá um dia a sua palavra; não a história que é ensinada nas Nações Unidas, em Washington, Paris ou Bruxelas, mas a que será ensinada nos países libertados do colonialismo e dos seus fantoches.»
As palavras são de Patrice Lumumba, herói da luta anticolonial e primeiro chefe do governo da República do Congo, antiga colónia belga que conquistou a independência a 30 de Junho de 1960.
Apenas dois meses depois, como veio a revelar uma comissão do Senado norte-americano em meados da década de setenta, a CIA organizou uma conspiração com militares golpistas comandados pelo coronel Mobutu com o «objectivo urgente e prioritário» de assassinar Lumumba, considerado «um perigo grave» para os EUA.
Mobutu viria a assumir mais tarde a liderança do país, rebaptizado como Zaire, implantando uma ditadura sangrenta onde reinou despoticamente até 1997, como um fantoche dos Estados Unidos e das potências ocidentais.
Lumumba foi preso em Novembro e barbaramente torturado e assassinado a 17 de Janeiro de 1961.
Tinha 35 anos.
Publicado neste blogue:
O assalto ao quartel Moncada, em Santiago de Cuba, e ao quartel de Cespedes, Bayamo, foi uma das primeiras tentativas de acabar com a ditadura de Fulgêncio Batista.
Um grupo de patriotas liderado por Fidel Castro planeia apoderar-se das armas, armar a população e derrubar o governo.
A acção falhou e os revoltosos sobreviventes são encarcerados.
Levado a julgamento, Fidel faz a própria defesa: argumenta com a necessidade de acabar com a ditadura que oprime o povo e termina com a célebre frase «A história me absolverá».
Em 1955 os presos políticos são amnistiados e exilam-se no México, onde formam o Movimento 26 de Julho.
Regressam a Cuba em Dezembro de 1956, a bordo do iate Granma e dão início à guerrilha contra o regime a partir da Sierra Maestra.
A Revolução triunfa em 1 de Janeiro de 1959.
«(...)
Citarei apenas frases e parágrafos curtos de meus depoimentos no julgamento realizado em 16 de outubro de 1953:
"600 mil cubanos estão sem trabalho."
"500 mil camponeses trabalham quatro meses por ano e passam fome no restante."
"400 mil trabalhadores industriais e braçais cujas pensões estão desfalcadas, cujas moradias são os infernais quartinhos dos cortiços, cujos salários passam das mãos do patrão às do vendeiro, cuja vida é o trabalho perene, e cujo descanso é a tumba."
"10 mil profissionais jovens: médicos, engenheiros, advogados, veterinários, pedagogos, dentistas, farmacêuticos, jornalistas, pintores, escultores etc. saem das escolas com seus diplomas, ansiosos por luta e cheios de esperança, para ver-se num beco sem saída, com todas as portas fechadas."
"85 por cento dos pequenos agricultores cubanos estão pagando arrendamentos e vivem sob a constante ameaça do desalojamento de seus lotes."
"200 mil famílias camponesas não têm um pedaço de terra onde semear alimentos para seus filhos famintos."
"Mais da metade das melhores terras de produção cultivadas está em mãos estrangeiras."
"Cerca de 300 mil 'caballerías' (mais de três milhões de hectares) permanecem sem cultivar."
"Dois milhões e duzentas mil pessoas de nossa população urbana pagam aluguéis que consomem entre um quinto e um terço de seus rendimentos."
"Dois milhões e oitocentas mil pessoas de nossa população rural e suburbana não têm luz elétrica."
"Às escolinhas públicas rurais comparecem, descalças, seminuas e desnutridas, menos da metade das crianças em idade escolar."
"90 por cento das crianças do campo estão cheias de vermes."
"A sociedade permanece indiferente diante do assassinato em massa de milhares e milhares de crianças que, todos os anos, morrem por falta de recursos."
"Entre os meses de maio e de dezembro, um milhão de pessoas se encontram sem trabalho em Cuba, com uma população de cinco milhões e meio de habitantes."
"Quando um pai de família trabalha quatro meses por ano, com que poderá comprar roupas e medicamentos para seus filhos? Crescerão raquíticos, aos 30 anos não terão um dente saudável na boca, terão ouvido dez milhões de discursos, e no final morrerão de miséria e decepção. O acesso aos hospitais públicos, sempre repletos, só é possível mediante a recomendação de um magnata político, que exigirá do infeliz seu voto e o de toda a sua família, para que Cuba continue sempre igual ou pior."
(...)»
O 26 de Julho é comemorado como o Dia da Rebeldia Nacional.
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Razões para protestar:
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No centro da maior crise capitalista mundial, os EUA são o espelho das profundas contradições do sistema. Alguns dados oficiais divulgados nos últimos dias pela Telesur, Press TV, PSL News e agênciais de notícias ilustram a existência de condições objectivas concretas para a eclosão de protestos e revoltas sociais no território.
Protestos duram há quase três semanas: Indignação alastra nos EUA (Avante!, Edição N.º 1975, 06-10-2011)
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Pedro Méndez Suárez,Rebelión de 21de Janeiro
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- Cólera, Doutor?
- Sim, mas a da ira e da irritação por culpa da visita do ditador e assassino "Baby Doc" Duvalier!...
Pobre e infeliz Haiti. Primeiro a longa e feroz ditadura de Duvalier, com os seus sinistros ton-ton macoute. Depois um brevíssimo governo democrático, cujo presidente foi deposto por uma intervenção militar dos EUA & da França. Segue-se uma longa ocupação militar, com a cumplicidade activa de países latino-americanos que se prestaram a enviar tropas para colaborar com o império. Mais recentemente um terramoto gigante que deixou o país destruído. E este foi seguido de imediato por uma invasão em grande escala de tropas estado-unidenses. O estado calamitoso do país, com as infraestruturas de saneamento básico arruinadas, levou à epidemia de cólera iniciada em 2010. E agora, 17 de Janeiro, para culminar, Baby Doc , o filhote do antigo ditador Duvalier, retorna de Paris . Ele volta protegido pelas tropas do imperialismo e dos governos latino-americanos que o servem – como o do Brasil, Chile e Uruguai. Vem tomar posse dos despojos. Tal como os abutres, também quer um naco do moribundo.
Josetxo Ezcurra, Rebelión de 23 de Janeiro
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Josetxo Ezcurra, Rebelión de 4 de Janeiro
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- Batata, minha velha amiga! Quem diria que nos voltaríamos a encontrar graças aos mercados?
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«Outra história melancólica é a da Irlanda. Quem não conhece as queixas seculares da Irlanda, da Verde Erin, terra de bardos e terra de santos, onde uma plebe conquistada, resto nobre de raça céltica, esmagada por um feudalismo agrário, vivendo em buracos como os servos góticos, vai desesperadamente disputando à urze, à rocha, ao pântano, magras tiras de terra, onde cultiva em lágrimas a batata?»
Para Ler:O desenho baseia-se no quadro de Vincent Van Gogh, pintado em Abril 1885 em Nuenen, na Holanda, «Os comedores de batata»:
Patrice Lumumba foi assassinado há 50 anos
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Publicado neste blogue:
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ESPACIO... (Arte-protesta), também em Rebelión de 11 de Janeiro
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Para os mais cépticos. Autoatentados célebres:
«Otros estudios recientes han señalado que, dados los desperfectos causados por la explosión, si la misma hubiera sido provocada por algún artefacto externo, ésta habría hecho al barco saltar (literalmente) del agua. Algunos de los documentos desclasificados por el gobierno de EE.UU. sobre la Operación Mangosta (proyecto para la invasión de Cuba posterior al fracaso de Bahía de Cochinos) avalan la polémica hipótesis de que la explosión fue causada en realidad por el propio gobierno de EE.UU. con el objeto de tener un pretexto para declarar la guerra a España.»
Josetxo Ezcurra, Rebelión de 10 de Janeiro
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Cenas despretenciosas de um lugar tão humilde como outro qualquer:
- O povo não tem dinheiro nem para comprar pão!
- Pois que comam no MerDonald's!
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