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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O trabalho temporário: contributos para a reflexão e debate «PRECARIEDADE NÃO É FUTURO»

 

«Este artigo foi publicado no nº 157, de 16.4.2016, da revista PESSOAL.

Nele procuramos apresentar a face do trabalho temporário que é sistematicamente ocultada (a situação do trabalhador temporário e precário).

Quem tenha lido a revista conclui rapidamente que este artigo destoa das inúmeras declarações de representantes de empresas de trabalho temporário e da sua associação - ASPE-RH - que enchem as páginas da revista com afirmações em que apresentam o trabalho temporário como uma forma de progresso nas relações laborais (flexibilidade, adequação), e um instrumento importante de crescimento económico e de desenvolvimento do país (competitividade, parceria especializada com as empresas); portanto, só “vantagens”, mas para as empresas.

No entanto, a realidade é bem diferente, como todos sabemos.

Pedimos aos trabalhadores que estejam com contratos temporárias ou que tenham tido experiência de trabalho temporário que nos enviem a sua opinião sobre a sua experiência para eugeniorosa@zonmail.pt.

Fazemos o mesmo pedido aos restantes leitores que nos queiram dar a sua opinião sobre o trabalho temporário.»

 

No centenário da Teoria da Relatividade - Breve perfil científico e político de Einstein

Albert Einstein_1921_portrait

De Albert Einstein (1879, Ulm, Alemanha – 1955, Princeton, EUA) aquilo que todos sabem é que formulou a teoria da relatividade, que foi um dos maiores cientistas de sempre e pouco mais. Mas Einstein publicou mais de 300 artigos científicos e de 150 artigos sobre outras matérias. Relembremos apenas alguns dos seus resultados mais importantes.

Albert Einstein_1947

Publicado neste blog:

 

«O militante» clandestino

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O PCP, no âmbito das comemorações do seu 91º, prosseguindo uma linha de colocar no seu sítio na Internet diversas edições, nomeadamente os números do «Avante!» editados clandestinamente, assim como os jornais clandestinos «O Comunista» e «O Têxtil», disponibiliza a partir de 6 de Março os exemplares de «O militante» editados na clandestinidade.

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Quem disse que o PCP «tem dois jornais (...) de propaganda, intitulados Avante e Militante», «onde destila subtilmente a peçonha das suas doutrinas»?

A dizer a frase do título podia ter sido Fernanda Câncio, claro que podia! Se foi ela que escreveu, a propósito do «Avante!», os artigos Os lacaios do 'socialismo' (17 de Setembro) e Doutrina jornalística (24 de Setembro)! E ambos no Diário de Notícias, essa pérola, esse cristal do jornalismo puro e independente, desde a primeira à última página, incluindo todas as que têm publicidade. Mas não, não foi ela que escreveu a frase, embora pudesse ter sido. Não foi ela nem ninguém que, na actualidade, escreve ou diz coisas semelhantes sobre o PCP, em blogues, em jornais e noutros meios de comunicação.

Quem disse então que o PCP tem dois jornais de propaganda, intitulados Avante e Militante, onde destila subtilmente a peçonha das suas doutrinas?

Recuemos até 1949. A 25 de Março de 1949, Álvaro Cunhal foi preso pela terceira vez, numa casa clandestina do Luso. Com ele foram também presos Militão Ribeiro e Sofia Ferreira. Militão Ribeiro viria a morrer na prisão. «Até às vésperas da morte, Militão manteve a preocupação de comunicar ao partido a sua fidelidade e confiança. Escreveu várias cartas à Direcção do Partido, que foram interceptadas pelos carcereiros, só tendo chegado duas ao seu destino, uma das quais escrita com o seu próprio sangue. A PIDE assassinou-o cruelmente, um crime lento, dos que não deixam vestígios. Militão morreu de inanição em 2 de Fevereiro de 1950».

Em 31 de Março e 22 de Abril de 1949 deputados da Assembleia Nacional fascista, Mário de Aguiar e Pinheiro Torres, resolveram regozijar-se com estas prisões.

O primeiro, Mário de Aguiar, começou por enviar «as mais patrióticas e sinceras saudações» ao «Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros», «o eminente estadista Sr. Dr. Caeiro da Mata»(1),  por ir «em direcção a Washington», «ao serviço da Nação», «assinar, no dia 4 de Abril, o Pacto do Atlântico».

[Seguramente que Fernanda Câncio, se já fosse jornalista em 1949, também enviaria «as mais patrióticas e sinceras saudações» ao «Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros»... Pois se foi ela que, no dia 13 de Agosto, no mesmo DN, nos confidenciou que apoiou a invasão do Iraqueapoiei a invasão americana»(2)) e, mais recentemente, murmurou a estranha confissão: «... estou ainda para ver o resultado das invasões que apoiei (afeganistão e iraque)...»!]

Em seguida, Mário de Aguiar exprimiu o seu «contentamento» pela prisão dos três comunistas. E é então que se sai com a frase «é público e notório que esta seita, que é comandada do exterior, tem dois jornais clandestinos de propaganda, intitulados Avante e Militante

Daqui vem a primeira parte da frase do título.

A segunda parte da frase do título foi tirada da intervenção de Pinheiro Torres: «Não menos perigosa, não menos para recear, é a acção deles nos livros que publicam, nas conferências que fazem, no que escrevem nas revistas e jornais, onde destilam subtilmente a peçonha das suas doutrinas!»

Eis, em seguida, excertos dos dois discursos:

1. Na página 420 do nº 184 do Diário da Assembleia Nacional (sessão de 31 de Março de 1949):

O Sr. Mário de Aguiar: - Sr. Presidente: pelas notícias publicadas nos jornais de hoje o País tomou conhecimento de dois factos que devem merecer a atenção da Assembleia. Um deles diz respeito à viagem aérea que o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros iniciou na madrugada de hoje em direcção a Washington, onde, ao serviço da Nação, deve assinar, no dia 4 de Abril, o Pacto do Atlântico. (...)

O outro facto a que também se refere a imprensa diária é a descoberta pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado de uma parte da organização comunista e prisão de alguns dos seus principais agitadores.

(...)

É público e notório que esta seita, que é comandada do exterior, tem dois jornais clandestinos de propaganda, intitulados Avante e Militante.

É de esperar que tal imprensa seja apreendida e presos os traidores à Pátria, que a atraiçoam com as mãos já tintas de bom sangue português, perseguindo-os a polícia até ao seu total aniquilamento.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

2. Na página 545 do nº 191 do Diário da Assembleia Nacional (sessão de 22 de Abril de 1949):

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, antes da ordem do dia, o Sr. Deputado Pinheiro Torres.

(...)

O Orador: - Haja em vista as últimas descobertas levadas a efeito pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado no campo comunista. Essas descobertas vieram, mais uma vez, pôr em destaque a extensão e importância da actividade dessa organização antinacional e, portanto, o perigo que representa para todos nós.

(...)

Não menos perigosa, não menos para recear, é a acção deles nos livros que publicam, nas conferências que fazem, no que escrevem nas revistas e jornais, onde destilam subtilmente a peçonha das suas doutrinas!

(...)

Aproxima-se outro acto eleitoral. Temos já a certeza de que os comunistas tencionam, de novo, perturbar o País, aproveitando-se desse período. É o que se conclui das notícias publicadas sobre a apreensão da tipografia clandestina, onde o Avante e o Militante eram feitos. No número do Avante que estava a ser composto e impresso havia um artigo já pronto em que se aconselhavam as comissões organizadas a não se dissolverem.

Ora, o País não quer que os comunistas, e seus parceiros, gozem das mesmas liberdades dos bons portugueses.

(...)

Os comunistas, e aqueles que com eles estão ligados, têm de ser perseguidos, estejam onde estiverem!

(...)

(1) José Caeiro da Mata foi o Ministro da Educação Nacional que, a 7 de Outubro de 1946, assinou o despacho ministerial de demissão de Bento de Jesus Caraça e Mário de Azevedo Gomes.

(2) Neste mesmo artigo confessa FC que tem conhecimento da extrema gravidade das suas opções: «Quero acreditar que não morreu tanta gente - iraquianos e ocupantes - para nada»... Comentários para quê?

Post-Scriptum:

«Confesso: apesar de não ter a menor estima por Bush e de não ter comprado a treta óbvia das armas de destruição maciça, apoiei a invasão americana» (Fernanda Câncio)

Para Ver:

«Quero acreditar que não morreu tanta gente - iraquianos e ocupantes - para nada» (Fernanda Câncio)

Para Ler:

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

_

O Haiti visto pelo fotógrafo Alejandro Ramírez Anderson

                                                

Para Ver galeria de imagens:

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                   

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