Qualquer tentativa de analisar os serviços secretos ocidentais tem pela frente grandes dificuldades. O investigador escritor tem de atravessar um labirinto, deparando-se muitas vezes com um beco sem saída, outras descobre literalmente uma cova de lobo. As dificuldades são tanto de carácter conceptual, como ligadas à recolha e selecção dos factos. Apesar de o nosso objecto ter inquestionavelmente uma existência autónoma, e por vezes forças motrizes próprias, o trabalho dos serviços secretos, em última análise, não é mais do que a continuação das políticas dos respectivos governos por outros meios. Em muitos casos, no entanto, esse trabalho é de tal índole que é renegado oficialmente pelos próprios governos com aparente credibilidade. Só esta circunstância, já sem falar do natural secretismo, faz escassear os factos, os quais, como é sabido, são o oxigénio do investigador. Levados ao sufoco, respiram com dificuldade uma atmosfera envenenada, uma vez que em nenhuma outra esfera da acção do Estado no Ocidente se recorre tanto à desinformação.
Com a chegada de Ronald Reagan à Casa Branca (1980) iniciou-se um processo de concentração de rendimentos que foi avançando cada vez mais rápido nas décadas posteriores:
Entre 1950 e 1980 os 1% mais ricos da população dos Estados Unidos absorviam cerca de 10% do Rendimento Nacional;
Entre 1968 e 1978 manteve-se abaixo desse número;
A partir de princípios dos anos 1980 essa participação foi ascendendo, em 1990 chegava a 15%;
E em de 2009 aproximava-se dos 25%;
Por sua vez, os 10% mais ricos absorviam 33% do Rendimento Nacional em 1950, mantendo-se sempre abaixo dos 35% até fins dos anos 1970;
Mas em 1990 já chegava aos 40% e em 2007 aos 50%.
Fonte: Thomas Piketty & Emmanuel Saez, "Top Incomes and the Great Recession: Recent Evolutions and Policy Implications", 13th Jacques Polak Annual Research Conference, Washington, DC-November 8–9, 2012.
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O salário horário médio foi ascendendo em termos reais desde os anos 1940 até princípios dos anos 1970 em que começou a descer e, um quarto de século mais tarde, havia baixado em quase 20%.
A partir da crise de 2007-2008, com o rápido aumento do desemprego, acelerou-se a concentração de rendimentos e a queda salarial: alguns autores utilizam a expressão "implosão salarial".
Uma boa expressão da deterioração social é o aumento dos estado-unidenses que recebem bónus de ajuda alimentar ("food stamps"), a referida população indigente chegava a quase 3 milhões em 1969 (em plena prosperidade keynesiana), subiu para 21 milhões em 1980, para 25 milhões em 1995 e para 47 milhões em 2012.
«Fue ascendido a Director Adjunto de la CIA en 1986, y tras la dimisión del director William Casey en 1987, el Presidente Ronald Reagan nominó a Gates para dirigir la Agencia. Pero el Senado se mostró contrario a su confirmación, y tuvo que retirar su nominación. Esto se debió a que Gates había estado estrechamente relacionado con importantes figuras implicadas en el escándaloIrán-Contras, y a polémicos informes que había redactado en los que aconsejaba que EEUU debería intervenir militarmente en Nicaragua para neutralizar al gobierno sandinista enemigo de Washington».
Depois de idêntica votação na Câmara de Representantes, o Senado aprovou esta sexta-feira a decisão de retirar Mandela e o seu partido, o ANC, da lista negra do terrorismo americano. Segundo uma lei aprovada no mandato de Ronald Reagan, Mandela e os membros do ANC poderiam deslocar-se à sede das Nações Unidas, mas não estavam autorizados a viajar no resto do território americano. («When ANC members apply for visas to the USA, they are flagged for questioning and need a waiver to be allowed in the country. In 2002, former ANC chairman Tokyo Sexwale was denied a visa. In 2007, Barbara Masekela, South Africa's ambassador to the United States from 2002 to 2006, was denied a visa to visit her ailing cousin and didn't get a waiver until after the cousin had died, Berman's legislation says.»)
Sempre que Mandela foi à América, precisou de uma autorização especial.
Mandela, prémio nobel da paz, agrade encarecidamente aos americanos e a George Bush, que terá de promulgar aquela decisão, a magnanimidade do gesto!
Vinte anos para tomar uma decisão! Não lhes perdoais, Senhor, que eles SABEM o que fazem...
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