Sobre estas propostas apresentadas pelo PCP a 15 de Maio e sobre o Projecto de Lei N.º 438/XIV/1.ª, entregue na Assembleia da República a 29 de Maio, a comunicação social dominante disse zero, nickes, pevia, NADA!
Especialistas encarregados de aconselharem a União Europeia sobre questões de saúde subestimaram o risco do coronavírus durante uma reunião em 18 de fevereiro, pouco antes da pandemia emergir no continente, noticiou o jornal El País nesta terça-feira (19).
O jornal espanhol afirma ter acessado as atas de uma reunião do conselho consultivo do Centro Europeu para Controle e Prevenção de Doenças (ECDC), com sede na Suécia, onde os participantes julgaram que o risco do vírus para a população era "baixo" e "baixo a moderado" para os sistemas de saúde.
A Europa havia detectado cerca de quarenta casos de coronavírus na época, a maioria importada por viajantes da Ásia. Mas três dias depois, um surto foi detectado na região da Lombardia, no norte da Itália, um país que agora ultrapassa 32.000 mortes por essa doença.
O representante espanhol no encontro, Dr. Fernando Simón, explicou nesta terça-feira que a pauta da reunião foi modificada para se concentrar apenas no coronavírus e garantiu que "em nenhum momento o risco foi subestimado, e que se falou sobre a ameaça existente naquele momento".
Além disso, "o que foi avaliado não foi qual era o risco, que já sabíamos (...), mas quais seriam as medidas, não aquelas que gostaríamos de aplicar, mas aquelas que poderíamos usar", afirmou o diretor de emergências sanitárias espanhol, encarregado de monitorar a crise em seu país.
Alguns países se destacaram por sua prudência durante essa reunião de dois dias. A Irlanda, com 1.547 mortes registradas na pandemia, anunciou que "declarou uma emergência de saúde e estocou" equipamentos de proteção individual para o pessoal de saúde, ao contrário de outros países que reconheceram encontrar problemas no mercado internacional.
A falta desses materiais foi especialmente aguda nos países mais afetados pela doença, como a Espanha, que tem mais de 27.000 mortes e mais de 51.000 profissionais médicos infectados.
A Alemanha anunciou na reunião que "distribuiu protocolos de testes de PCR para mais de 20 hospitais" e "realizou mais de 1.000 testes". O país aplicou uma política sistemática de testes e até agora conseguiu conter o número de mortes por COVID-19 em 8.000.
"O vírus foi subestimado", disse Daniel López Acuña, ex-diretor da Organização Mundial da Saúde, ao El País.
Joan Ramón Villalbí, da Sociedade Espanhola de Saúde Pública e Administração Sanitária, indicou na mesma reportagem que as epidemias anteriores de coronavírus "SARS e MERS não apontaram em caso algum uma disseminação" como a do novo vírus.
O ECDC é responsável, entre outras coisas, por garantir "a detecção e análise precoces das ameaças emergentes na UE" e "ajudar os países do bloco a se prepararem para epidemias".
O percurso histórico do Hospital mais antigo da capital francesa (651-2020)
Hôtel-Dieu de Paris gravura medieval
Feito para refúgio de indigentes e enfermos, o Hôtel-Dieu de Paris (Albergue de Deus) é um dos hospitais mais antigos do mundo e foi, até à Renascença, o único hospital parisiense intra-muros.
A sua história começa na Idade Média, quando o bispo Landry, tido como santo pela Igreja Católica, o dedica a São Cristóvão.
Como era uso na época, o Hôtel-Dieu oferece comida e abrigo aos pobres, para além de cuidados médicos.
Hôtel-Dieu de Paris sala de tratamentos
O estabelecimento permanece nas mãos da Igreja durante vários séculos, mas com a Revolução (1789-1799) passa a vigorar o princípio da laicidade e os hospitais ficam na alçada dos municípios ou do Estado.
Após vários incêndios e obras de reconstrução, em 1877 o espaço do Hôtel-Dieu é considerado exíguo e pouco salubre.
L’incendie de l’Hôtel-Dieu, en 1772 - pintura de Jean-Baptiste-François Génillion, Museu Carnavalet
Novas instalações são construídas nas proximidades, junto da catedral de Notre-Dame.
A prestação de cuidados de saúde profissionaliza-se e os hospitais tornam-se locais de transmissão de saber, passando, a partir de finais de 1801, a ser classificados em função da sua especialização.
Hospital Hôtel-Dieu 1830
Vinculado actualmente à Faculdade de Medicina Paris-Descartes, o Hôtel-Dieu acolhe também um hotel turístico.
Em 2019, parte do espaço do Albergue de Deus foi cedido a um promotor imobiliário, por 80 anos, a troco de 144 milhões de euros.
Tarō Asō, nascido em 20 de setembro de 1940, é um político japonês que é vice-primeiro ministro e ministro das Finanças do seu país desde Dezembro de 2012.
Asō foi eleito pela primeira vez para a Câmara dos Deputados em 1979.
Desempenhou vários cargos, inclusive como ministro dos Negócios Estrangeiros de 2005 a 2007, e tornou-se secretário-geral do Partido Liberal Democrático (LDP) em 2008, tendo também ocupado esse cargo temporariamente em 2007.
Mais tarde, foi eleito presidente do LDP em Setembro de 2008, tornando-se primeiro-ministro no mesmo mês.
Asō foi primeiro-ministro do Japão de Setembro de 2008 a Setembro de 2009.
A saída de cena da União Europeia em tempos de coronavírus, por muito que se diga que os isolamentos nacionais se processam em articulação com as instituições europeias, é temporária e estender-se-á apenas, muito provavelmente, pelo período da pandemia.
Depois disso a União renascerá no seu esplendor, pronta a tornar-se indispensável para lidar com a crise económica, financeira e social decorrente da crise sanitária.
Será a ocasião já não de socorrer os cidadãos, mas de estabelecer mecanismos para que estes sejam os instrumentos da recuperação económica de acordo com os parâmetros habituais, isto é, em benefício dos grandes interesses privados, incluindo os financeiros.
Então, os países que não responderam às aflições italianas estarão prontos a unir-se na disseminação da austeridade, da limitação de direitos laborais elementares, do desemprego, da contenção salarial e do maior desprezo ainda pelos horários de trabalho, enfim da inesgotável ambição patronal pela arbitrariedade.
Sabemos como foi depois de 2008; por maioria de razão, porque o COVID-19 vai ter as costas muito largas, assim irá acontecer quando for debelada a pandemia.
Não se trata de uma antecipação de cenários, muito menos de fazer futurologia. É apenas uma reflexão de modo a que a generalidade das pessoas não pensem que o pior já passou quando o vírus for derrotado.
Existem comportamentos próprios de um passado recente e atitudes assumidas já nestes dias que fazem prever o pior sobre a exploração da crise económica, financeira e, sobretudo, social gerada pelo facto de o ataque do novo coronavírus ter detonado a nova crise do neoliberalismo – que já se adivinhava há longos meses. Percebendo agora o afã com que grupos e empresas privadas recorrem à suspensão de postos de trabalho, à tentação de fazer negócio tirando proveito de situações geradas pelo combate à pandemia, às reclamações de apoio estatal que já se fazem ouvir sem pudor, não será difícil prever a hecatombe que aí vem logo que seja declarado o fim do reinado do COVID-19.
Mais uma vez o Estado, isto é, os cidadãos, serão chamados a «salvar» os bancos, a financiar as empresas privadas sob chantagens como as do desemprego em massa ou do próprio encerramento.
Então ressurgirá, na sua plenitude, a União Europeia, para seguir os seus guiões habituais, retocados socialmente para pior por alegada culpa do COVID-19. Bruxelas terá os seus «semestres europeus» adaptados à nova situação, o Banco Central Europeu reinventará as «troikas» que considerar necessárias, o reforço da austeridade voltará a ser uma incontornável solução. Quantos dos trabalhadores que agora foram mandados «para casa» recuperarão plenamente os seus postos de trabalho? Quantos deles terão de sujeitar-se a restrições de direitos, incluindo salariais, para não perderem o emprego «por causa do coronavírus»? Quantos não serão obrigados à «revisão» dos seus vínculos laborais porque as experiências com teletrabalho têm vindo a revelar-se excelentes para o reforço de lucros e a mitigação de direitos sociais?
Essa será também a altura em que os Sistemas Nacionais de Saúde, que têm de fazer frente à pandemia depois de anos e anos de desinvestimento dos governos, continuarão a tentar sobreviver submetidos a restrições ainda maiores e ditadas, como sempre, pelas obscuras chantagens do défice.
Estamos num tempo em que, uma vez debelada a pandemia, nada voltará a ser como antes de detectado o novo coronavírus. Haverá um antes e um depois do COVID-19, continuando o sistema neoliberal a gerir a situação e manipulando agora uma nova crise que parece feita de encomenda.
E então a União Europeia, que não sabe como socorrer solidariamente os seus cidadãos, estará certamente unida para sacrificá-los no altar da necessária recuperação económica e, sobretudo, financeira. Contando, como sempre, com a sombra protectora da NATO, que para isso não se priva de trabalhar pela sua «prontidão» perante as «potenciais ameaças» à boa ordem, mesmo sob os ambientes carregados de ofensivas virais originadas sabe-se lá onde.»
«Temos que fechar o país inteiro por isso? Acho que podemos voltar ao trabalho».
Enquanto Donald Trump pressionava para reabrir a economia dos EUA em semanas, em vez de meses, o vice-governador do Texas argumentou na Fox News que ele preferia morrer a ver que as medidas de saúde pública prejudicam a economia dos EUA e que acreditava que «muitos dos avós» em todo o país concordariam com ele.
«A minha mensagem [para Trump]: voltemos ao trabalho, voltemos à vida, sejamos espertos com isso, e aqueles de entre nós com mais de 70 anos, cuidaremos de nós mesmos», disse o vice-governador Dan Patrick, 69 anos, Republicano na Fox News, ao seu anfitrão Tucker Carlson, na noite de segunda-feira [22].
«Não sacrifique o país», disse Patrick. «Não faça isso.»
Patrick disse temer que as restrições de saúde pública para prevenir o coronavírus possam acabar com a vida americana como ele a conhece, e que está disposto a arriscar a sua morte para proteger a situação económica para os seus netos.
«Você sabe, Tucker, ninguém me procurou e disse: “Como cidadão senior, você está disposto a arriscar sua sobrevivência em troca de manter a América que toda a América ama para os seus filhos e netos?”» Patrick disse: «E se essa é a troca, eu alinho.»
«Isso não me torna nobre, corajoso ou algo assim», acrescentou. "Apenas acho que há muitos avós por aí, neste país, a pensar como eu.»
Todos os anos há a “época” das gripes. E para essas estamos relativamente avisados e muitos já estão preparados para as enfrentar. Todavia, todos os anos morrem milhares de portugueses em resultado da gripe. Para além desses, é incrível como ainda há tanta gente que, em cima da gripe, morre de frio porque não tem dinheiro para se aquecer. O Estado deveria subvencionar o aquecimento dessas pessoas.
Há uma entidade chamada Programa Nacional de Vigilância da Gripe, que depende do Ministério da Saúde, mas, ao que me parece, não atua preventivamente. Apenas informa reativamente com estudos sobre o que se passou.
Todos os anos morrem mais de três mil portugueses da chamada gripe comum e de frio. Na época de 2017/2018 morreram 3.700 portugueses e na época de 2018/2019 morreram 3.331. Um número brutal, pessoas de todas as idades que passam despercebidos da opinião pública. Há um programa de vacinação, mas nem sempre totalmente eficaz em resultado das variações genéticas dos vírus e do aparecimento de novos vírus, sabe-se lá de onde.