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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

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TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Sessão Pública Solidariedade com o Povo Palestino - 29 Novembro - 18.30 horas

Cartaz Sessão_29Nov 2016

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Integrado no programa das Jornadas de Solidariedade com a Palestina 32016, o MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente – assinala o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino com uma Sessão Pública a realizar no próximo dia 29 de Novembro, a partir das 18.30 horas, na Casa do Alentejo (Rua das Portas de Santo Antão, 58 – Lisboa).

A sessão conta com intervenções de:

Maria do Céu Guerra, Presidente do MPPM

Hikmat Ajjuri, Embaixador da Palestina

Pedro Bacelar de Vasconcelos, Deputado à Assembleia da República

Carlos Carvalho, membro da Direcção Nacional do CPPC

Carlos Almeida, Vice-Presidente do MPPM                  

A abrir a sessão será prestada uma homenagem a Silas Cerqueira, activista da Paz e fundador do MPPM (1929-2016)

O dia 29 de Novembro foi proclamado, em 1977, pela Assembleia Geral da ONU, como o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, evocando a data em que, em 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou a resolução 181 (II) que preconizava a partilha da Palestina em dois Estados - um judaico e um árabe - com um estatuto especial para Jerusalém, mas que jamais foi cumprida no que respeita à criação do Estado Palestino.

Desde a sua constituição, o MPPM tem assinalado esta data com manifestações de solidariedade com a luta do povo palestino pelo reconhecimento dos seus direitos naturais, divulgando a sua história, a sua cultura e as suas tradições em iniciativas que, nos últimos anos, se têm agrupado nas Jornadas de solidariedade com a Palestina.

Mas a constituição de um Estado Palestino independente, soberano e viável, dentro das fronteiras de 1967, com capital em Jerusalém Leste, está cada vez mais ameaçada. Tal como está o encontrar uma solução justa para o problema dos 7 milhões de refugiados e deslocados palestinos.

Só a solidariedade internacional, só a força da opinião pública, pode pressionar os governos para reverter esta situação.

 

Publicado neste blog:

 

Silas Coutinho Cerqueira (8 de Setembro de 1929 / 22 de Agosto de 2016)

Silas Cerqueira

 

Silas Coutinho Cerqueira era membro do Partido Comunista Português desde a década de cinquenta. 

É, inquestionavelmente, uma das figuras mais destacadas do movimento da paz e da solidariedade em Portugal, ao qual está ligado praticamente desde a sua criação, na viragem da década de 40 para a de 50 do século XX.

Oriundo do Porto, de uma família baptista, cedo integrou o movimento antifascista, nomeadamente, o Movimento de Unidade Democrática – Juvenil (MUD – Juvenil).

Estudou Teologia e Filosofia das Religiões em Louisville e na Universidade de Columbia em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América.

O seu envolvimento na luta pela paz valeu-lhe a prisão, em finais de 1952. O seu «crime»? Colocar um ramo de flores num monumento aos combatentes da Grande Guerra, iniciativa tradicional do movimento da paz nesses negros anos de opressão. Esta prisão desencadeou uma imensa contestação por parte da comunidade baptista e dos sectores democráticos portuenses. Em 1955 seria detido no Porto com mais de uma centena de outros jovens dos quais 52 seriam julgados em 1957, entre eles Silas Cerqueira e sua mulher Antónia Lapa. Voltaria a ser preso várias vezes, designadamente em 1953, 1954 e 1958.

Em finais dos anos cinquenta radicou-se em França onde se tornou investigador na área das Ciências Sociais e Políticas no Centre de Relations Internationales (CERI) da Fondation Nationale de Sciences Politiques em Paris bem como na Universidade de Besançon e no Institut des Hautes Études d’Amérique Latine. Aí prosseguiu uma diversificada actividade política unitária tendo sempre como principal referência a situação em Portugal. Simultâneamente empenhou-se na solidariedade com outros povos, com destaque para o povo do Vietname, em luta contra a agressão do imperialismo norte-americano, e os povos submetidos ao jugo colonial português e respectivos movimentos de libertação nacional. Participou activamente na luta contra a repressão fascista e pela libertação dos presos políticos portugueses.

De regresso a Portugal e sob o impulso da Revolução de Abril e com a sua activa contribuição, tiveram lugar em Portugal importantes Conferências Internacionais de Solidariedade como a “Conferência Mundial de Solidariedade com o Povo Árabe e a sua Causa Central: a Palestina” em que participou a OLP como única e legítima representante do povo palestiniano, a “Conferência Internacional de Solidariedade com os Estados da Linha da Frente” que teve importante papel na luta dos povos da África Austral pela liquidação do apartheid, e outras iniciativas marcantes como a Conferência de solidariedade com a Revolução Sandinista da Nicarágua.

Desempenhou um papel de relevo na luta pelo desarmamento, em particular o desarmamento nuclear em que é de destacar o Movimento ZLAN, Zonas Livres de Armas Nucleares, envolvendo numerosos municípios portugueses.

Silas Cerqueira foi membro da Direcção do Conselho Português para a Paz e Cooperação durante dezenas de anos e integrava actualmente a sua Presidência. Era também membro da Direcção Nacional do Movimento Pelos Direitos do Povo Palestiniano e Pela Paz no Médio Oriente, MPPM, de que foi um dos fundadores.

Intelectual prestigiado, Silas Cerqueira interveio como conferencista em numerosas iniciativas, tendo-se licenciado em ciências histórico-filosóficas pela Universidade de Coimbra, especializou-se em ciências políticas e relações internacionais na Universidade de Paris. Foi professor da Universidade do Minho na área das ciências políticas e leccionou em Angola no quadro da solidariedade com o MPLA.

 

Recordo com saudade o camarada e amigo que entre em 1971, quando da minha passagem à clandestinidade, nos acolheu em sua casa em Villejuif, nos arredores de Paris, até ao nascimento da minha filha Sofia.

O camarada e amigo que durante uma greve do Metro de Paris, passou 5 horas no carro para levar a mãe das minhas filhas a uma consulta pré-natal.

Um camarada e amigo que teve a paciência de disponibilizar a um jovem, então com 17 anos, o seu arquivo e ensiná-lo muito do que hoje sabe sobre a história do PCP e da resistência antifascista.

Um camarada e amigo com quem me fui cruzando várias vezes ao longo dos anos em diferentes actividades do Movimento da Paz e Solidariedade.

 

O Silas gostaria que seguíssemos o seu exemplo de combatente pela paz e pela construção de uma sociedade sem exploradores e sem explorados, prosseguindo a luta pela justa causa à qual dedicou toda a sua vida.

 

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