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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Assim vai o estado da «União» (5 artigos, 3 000 palavras, 19 mil caracteres)...

Bandeira União Europeia_2011

Da leitura política das diversas cimeiras e reuniões realizadas após o referendo na Grã-Bretanha – um abalo de grande magnitude no processo de integração – emergem três ideias centrais:

  1. a primeira é que se aprofundam todas as contradições do processo de integração capitalista. O espectro de um bloqueio, para não dizer desintegração, faz hoje parte da realidade política na União Europeia;

  2. a segunda é que os círculos dirigentes da UE tentam esboçar, mais uma vez, a solução «clássica» de «responder» à crise por via de uma fuga em frente que aprofunde ainda mais os pilares neoliberal, militarista e federalista;

  3. a terceira, relacionada com a segunda, é que as contradições não permitem avançar para já nesse salto em frente no plano económico e político – as eleições em França e na Alemanha assim o determinam – mas no que toca ao pilar militarista já não é bem assim.

Mapa UE28_2014

«3. Facto incontornável é que a dívida e o seu serviço continuam sendo um obstáculo maior ao desenvolvimento do País. Um obstáculo que tem de ser removido, com uma renegociação da dívida – nos seus prazos, juros e montantes. Mas este constrangimento está indissociavelmente ligado a outros grandes constrangimentos e a um em particular: à permanência no euro. Não apenas porque o brutal endividamento do país resultou, em grande medida, da adesão e permanência no euro. Mas porque, como a experiência grega bem demonstrou, no actual quadro, dentro do euro, não há reestruturações da dívida senão para satisfazer os interesses dos credores.»

 

«O partido anti-imigrantes Alternativa para a Alemanha (AfD) voltou a ganhar terreno na Baixa Saxónia, depois de ter logrado um resultado inédito uma semana antes

 

Mapa Eurozona 2014

A AZUL os países da zona Euro

 

«É pois sem surpresa que na formulação final do documento se reproduza muito moderadas e ténues críticas às causas reais das desigualdades que assolam e se agravam por toda a União Europeia (relembrar que a UE a 28 tem hoje 125 milhões de pobres, 30 milhões de desempregados, e que a distribuição da riqueza é cada vez mais desproporcional).»

 

«Disposto a evitar salgar feridas recém-abertas, num registo sóbrio e contido, distante da «europeísta» bazófia de outros tempos, registo esse sintomático da dimensão e profundidade da crise do projecto de integração capitalista europeu, assim se apresentou o presidente da Comissão Europeia, perante o Parlamento Europeu, no último debate sobre a situação da União Europeia.»

 

A Grécia, a União Europeia e a luta

Manifestação_kke_2012

Se há conclusão a retirar do processo dito de «negociação» entre a Grécia e a União Europeia, que terminou com um compromisso entre o governo grego e as «instituições», é que o que se passou foi tudo menos uma real negociação. Foi um inaceitável processo de chantagem que usou a fragilidade e dependência grega gerada pelas políticas da União Europeia para forçar, no essencial, o mesmo rumo e as mesmas opções políticas de fundo que levaram a Grécia à situação em que hoje está. Políticas que visam essencialmente defender os interesses do grande capital e das principais potências capitalistas na Europa utilizando os instrumentos de domínio da União Europeia, mormente o euro.

 

Os povos falaram!

 

  • Os resultados põem em evidência o descrédito da União Europeia e das suas orientações e políticas;
  • A abstenção, em termos globais, manteve-se a um nível elevado (na ordem dos 56,9%);
  • Penalização, em termos globais, das forças da social-democracia e da direita, que têm vindo a protagonizar e a conduzir o processo de integração capitalista europeia;
  • Aumenta o número de deputados que integram o grupo da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica do Parlamento Europeu, que o PCP integra;
  • Regista-se o avanço de algumas forças políticas de extrema-direita, indissociável do empolamento e projecção que lhes foram dados;
  • Recorde-se que no quadro das eleições para o Parlamento Europeu, o PCP e outros partidos tomaram a iniciativa de promover um «Apelo Comum» em que os 20 partidos que o subscreveram – comunistas, progressistas e de esquerda – se comprometem a cooperar para a rejeição do rumo imposto pela UE e a trabalhar por uma Europa de progresso social e de paz, de igualdade e cooperação.

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Duas faces da mesma moeda...

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Oferta do blog Renascer

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Se no PSD e no CDS não se estranha a coerência com os interesses de classe que representam, já com os socialistas, para além de contraditória, a ideia tem o seu quê de irónico: é que os ideais socialistas surgiram, precisamente como alternativa a esta política, à exploração capitalista. Ao dizerem, e já o disseram em várias ocasiões, que não há alternativa confessam que já nada têm a ver, nem sequer com o «socialismo aos bocadinhos» da social-democracia, pois também eles já destroem as reformas que a existência da URSS e dos restantes países socialistas os foi obrigando a ir fazendo.

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O discurso de Durão Barroso

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(...)

A postura da União Europeia (U.E.) assumida por Durão Barroso de propor alterações na arquitectura institucional da UE apenas vem demonstrar que as famílias políticas que há décadas controlam o processo de integração - direita e social-democracia - não têm solução para a crise senão a insistência e o aprofundamento da natureza política das políticas que estão na origem da crise. São alterações que visam, antes de mais, criar novas e mais favoráveis condições para prosseguir estas mesmas políticas de desastre e de retrocesso social que vêm sendo impostas aos trabalhadores e aos povos, com a brutalidade que se conhece.

(...)

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A ilusão reformista - a resposta keynesiana e o papel da social-democracia

Texto de Pedro Carvalho

    “A crise financeira de Agosto 2007, tendo por base a «bolha» nos activos imobiliários, como a de Março de 2000, com base nos activos mobiliários, e a actual «bolha» especulativa, agora transferida para os bens alimentares, matérias-primas e petróleo, não são a causa da actual crise, são sintomas da crise estrutural que o sistema capitalista atravessa. (…) A questão da(s) crise(s) financeira(s) é uma distracção das causas profundas subjacentes da crise, as contradições e limites do modo de produção capitalista. Estas é que tem de ser combatidas, mas para isso, tem que se atacar a causa, o modo de produção capitalista”.

 

Hoje, são muitos os comentadores burgueses e alas da social-democracia em todo o mundo que falam da falência do «neoliberalismo», das suas consequências sociais e do «monstro» gerado na esfera financeira. Face à dimensão da crise que se vive, alertam para os perigos existentes e a necessidade de reformar o sistema, juntado à falência do «neoliberalismo», a falência do «comunismo», ressuscitam a ilusão do reformismo e do keynesianismo como resposta à crise. É o velho mito do capitalismo regulado.
Mais uma vez a social-democracia cumpre o seu papel histórico, de reduto «salvador» do sistema capitalista. Um duplo papel, por um lado, de aliado de classe directo e executor da ofensiva imperialista em curso, por outro, abrindo alas de contenção, para que as convulsões sociais crescentes não se traduzam no reforço ou surgimento de sujeitos revolucionários que pugnem pela necessária superação do sistema e ruptura com o modo de produção capitalista.

                                       

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