A estratégia dos «bombardeamentos de terror»
Tóquio (esquerda) e Hiroshima (direita)
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Dentro do contexto da época as bombas atómicas eram entendidas pela Administração dos EUA como «apenas» um refinamento de uma «arte» existente: o bombardeamento em massa de cidades.
Este «bombardeamento de terror», como às vezes era chamado, atingiu a sua forma mais elevada sob a liderança de Curtis LeMay no teatro do Pacífico, onde formações massivas de aviões B-29 efectuaram repetidamente ataques noturnos a baixa altitude contra sessenta e sete cidades japonesas. Lançaram explosivos, napalm e termite sobre as ruas de casas de madeira, criando enormes incêndios inextinguíveis que sugavam o ar para fora dos abrigos e queimavam pessoas vivas.
As bombas incendiárias foram especialmente desenvolvidos para a destruição de casas japonesas: as pequenas bombas foram projetadas para romper os tectos, parar no primeiro andar e espalhar um cone de chamas de gasolina gelatinosa no interior. A termite e o magnésio foram adicionados para que os fogos atingissem temperaturas demasiado elevadas de forma a manterem-se confinados às habitações.
Durante duas longas noites de Março 1945, mais de 300 B-29 foram enviados para queimar a mega metrópole de Tóquio. As estimativas variam quanto aos números exactos, mas cerca de 100 mil pessoas foram mortas, mais de um milhão feridas e outro milhão ficaram sem abrigo. O sucesso foi medido, antes de mais, em percentagens da área total destruída...
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