Entre os grandes dirigentes históricos do movimento comunista internacional, Ho Chi Minh ocupa um lugar cimeiro. Nascido em 19 de Maio de 1890 – faz agora 120 [130] anos – Ho Chi Minh personificou, até à sua morte em 1969, a luta do povo vietnamita pela sua emancipação nacional e social, contra o colonialismo francês e contra os agressores japoneses e norte-americanos.
Ainda jovem, Ho Chi Minh percorreu o mundo, trabalhando como marinheiro, padeiro, cozinheiro e outros ofícios, em países como França, Inglaterra e EUA. É no contacto com o movimento operário, em especial em França, país que então colonizava a sua Indochina natal, que Ho Chi Minh conhece os partidários de Lénine e da jovem revolução bolchevique (1), cujas posições sobre a questão nacional o marcaram profundamente. «Lénine foi o primeiro a compreender e sublinhar toda a importância do envolvimento dos povos coloniais no movimento revolucionário» (2), escreveu Ho Chi Minh em 1925. Eleito em 1920 como delegado pela Indochina ao 18.º Congresso da SFIO (Secção Francesa da Internacional Operária), Ho Chi Minh fez parte da maioria dos delegados que, nesse Congresso de Tours, decidiram pela adesão à Terceira Internacional e pela criação do que viria a ser o Partido Comunista Francês (3). Desde então, o seu nome esteve sempre ligado à história e luta dos comunistas, tendo integrado o Comité Executivo da Internacional Comunista.
Em 1930, Ho Chi Minh participa na fundação do Partido Comunista do Vietname, que mais tarde passaria a designar-se Partido Comunista da Indochina. O seu programa em 10 pontos era encabeçado pelos objectivos de «derrotar o imperialismo francês e o feudalismo e burguesia reaccionária vietnamita» e «tornar a Indochina totalmente independente» (4). Em 1940 o Sudeste asiático é ocupado pelo Japão imperial-fascista. «No Outono de 1940, quando os fascistas japoneses invadem a Indochina para estabelecer novas bases contra os aliados, os colonialistas franceses ajoelharam-se e franquearam as portas do nosso país para acolher os japoneses. Assim, após essa data o nosso povo ficou sujeito ao duplo jugo dos franceses e japoneses» (5). O PC da Indochina e a Liga para a Independência do Vietname (conhecida pelo acrónimo Viet Minh), fundada em 1941 como frente de libertação nacional contra o colonialismo francês e a ocupação japonesa, desempenharam o papel determinante na resistência vietnamita que culminou, em Agosto de 1945, com a libertação do país e a proclamação da independência do Vietname, do qual Ho Chi Minh se torna Presidente. Mas os colonialistas franceses reocuparam o país após o fim da II Guerra Mundial, com o apoio cada vez mais explícito e importante do imperialismo norte-americano. A grande derrota militar das tropas coloniais francesas em Dien Bien Phu, em 1954, às mãos do exército de libertação nacional comandado pelo grande comunista vietnamita Vo Nguyen Giap, representou o fim dos sonhos imperiais franceses na Indochina e o princípio do envolvimento militar directo dos EUA, com a divisão do Vietname e a ocupação do Sul pelos EUA. A libertação nacional do Vietname ainda haveria de exigir mais duas décadas de luta e de terríveis sacrifícios, como resultado da barbárie do novo agressor imperialista. É desse período (Julho de 1968) o texto de Ho Chi Minh que OMilitante agora reproduz.
Ho Chi Minh morreu no dia 3 de Setembro de 1969. A guerra de libertação nacional ainda haveria de durar mais cinco anos e meio. Mas, após a ofensiva do Tet, em Fevereiro de 1968, tornou-se evidente que o imperialismo norte-americano não haveria de vencer a guerra. No seu Testamento, escrito poucos meses antes de falecer, Ho Chi Minh expressou a sua certeza na vitória: «Embora a luta do nosso povo contra a agressão dos EUA e pela salvação nacional possa ter de enfrentar mais privações e sacrifícios, alcançaremos a vitória total. Isso é seguro. Quando chegar esse dia [...] visitarei os países fraternais do campo socialista e os países amigos de todo o planeta para lhes agradecer pelo seu apoio integral e pelo seu auxílio à luta patriótica do nosso povo contra a agressão dos EUA». Ho Chi Minh não chegou a ver o dia da libertação total do Vietname. Mas, tal como previra, esse dia chegou, em 30 de Abril de 1975 – há 35 [45] anos.
A derrota do imperialismo norte-americano teve uma influência profunda na situação internacional. A luta do povo vietnamita, sob a direcção dos comunistas e do grande patriota Ho Chi Minh, mostrou que mesmo a mais poderosa e bem armada potência imperialista pode ser derrotada pela luta de um povo determinado a conquistar a sua libertação. Uma lição que é de grande actualidade e de enorme importância nos dias de hoje.
Notas
(1) Veja-se o artigo de Ho Chi Minh «O caminho que me levou ao Leninismo», de 1960. Para consultar (em inglês) este e os restantes textos de Ho Chi Minh aqui citados pode-se aceder ao arquivo do PC do Vietname na Internet,
(2) Em «Lénine e os povos coloniais» (1925).
(3) O seu «Discurso no Congresso de Tours» (1920).
(4) «Apelo por ocasião da fundação do Partido Comunista da Indochina» (18 Fevereiro, 1930). Saliente-se que entre os objectivos estava o de «conquistar a igualdade entre o homem e a mulher».
(5) Da «Declaração da Independência da República Democrática do Vietname» (1945).
In «Ho Chi Minh – um grande dirigente comunista», revista «O Militante» - Edição de Maio/Junho de 2010
«Entre o início da Segunda Guerra Mundial e a conquista de Saigão, Vo Nguyen Giap foi decisivo na derrota militar de três potência imperialistas - Japão, França e EUA -, venceu dezenas dos seus mais prestigiados generais, foi figura no ocaso do «império do sol nascente» e da IV República Francesa, bem como de quatro presidentes norte-americanos.»
«Giap foi uma daquelas raras personalidades que, produto da própria agudização das contradições sociais, são chamadas a protagonizar os grandes combates e transformações que fazem andar para diante a roda da História. Por isso mesmo, o papel revolucionário que ao lado de Ho Chi Minh desempenhou, é inseparável do seu povo, do seu partido, do seu ideal e projecto de uma nova sociedade livre da opressão nacional e da exploração de classe.»
«os imperialistas são péssimos alunos, demos-lhes lições durante vários anos na nossa escola, não aprenderam nada e foram repetentes durante tantos anos que tivemos que correr definitivamente com eles» General Vo Nguyen Giap Argel, 1975
«Segundo o marxismo-leninismo, o motor do desenvolvimento da sociedade humana dividida em classes, é a luta de classes, e são as massas populares as que sempre fazem a história. Portanto, ao analisar a relação entre o homem e a arma, nosso partido afirma que é o homem o fator decisivo, e critica energicamente a teoria burguesa de que a arma é o decisivo.»
«Mas a polícia francesa prendera a sua mulher e a sua cunhada para as utilizar como reféns para pressionar Giap e para o levar a entregar-se. A repressão foi feroz: a sua cunhada foi guilhotinada e a sua mulher foi condenada a prisão perpétua, vindo a morrer na prisão ao fim de três anos em consequência das brutais torturas a que foi sujeita. Os carrascos assassinaram também o seu filho recém-nascido, o seu pai, duas irmãs e outros familiares.»
«Por isso pôde concluir que«arma nuclear influi enormemente na estratégia e na táctica militares, mas não muda a estratégia revolucionária do proletariado nem o faz confundir quem são os seus inimigos e quais são os seus amigos. As armas nucleares influem no desenvolvimento das hostilidades e da vitória mas não são o elemento determinante da vitória e tampouco mudam a perspectiva de desenvolvimento da sociedade.
Na guerra o factor decisivo é e será sempre o homem; as massas populares são e continuarão a ser as forjadoras da história.»»
Queridos compatriotas e combatentes em todo o país,
Há 14 anos, após a nossa vitória em Dien Bien Phu, foram assinados os acordos de Genebra, onde eram reconhecidas a independência, a soberania, a unidade e a integridade territorial da nação vietnamita. O nosso povo deveria ter efectuado eleições gerais em Julho de 1956. O nosso país deveria ter-se tornado plenamente independente, livre, pacífico e reunificado. O Norte e o Sul deveriam ter sido reunificados.
Mas os imperialistas belicistas dos EUA violaram os seus próprios compromissos e sabotaram abertamente os Acordos de Genebra. Instalaram o traiçoeiro governo fantoche e desencadearam uma guerra de agressão no Sul do nosso país. Porém, tiveram de enfrentar a resistência extremamente heróica dos nossos compatriotas e dos combatentes no Sul, e sofreram importantes derrotas. Numa tentativa de escapar do seu atolamento no Vietname do Sul, há já três anos que estão a bombardear e agredir o Norte. Minam a independência e neutralidade do Laos, e estão continuamente a ameaçar e a realizar provocações contra o Reino do Cambodja.
A guerra de agressão dos EUA contra o nosso país é uma das guerras mais cruéis da história humana. Os agressores americanos acreditam que com mais de um milhão de militares, incluindo mais de meio milhão de soldados dos EUA, e utilizando armas modernas, podem subjugar o nosso povo. Mas acontece precisamente o contrário. Os nossos heróicos compatriotas e combatentes no Sul, e todo o heróico povo vietnamita ergueram-se decididos, aos milhões, lutando com extrema coragem, derrotando todos os planos militares e políticos do inimigo e alcançando vitórias cada vez maiores.
Desde o princípio de 1968, a guerra de resistência no Sul entrou numa nova fase: os nossos compatriotas e combatentes no Sul lançaram uma ofensiva geral e levantamentos coordenados nas cidades, alcançando vitórias que abalaram os próprios EUA e o mundo inteiro. A criação da Aliança de Forças Nacionais, Democráticas e de Paz foi um grande êxito da política de unificação de todo o povo contra os agressores dos EUA e pela salvação nacional. Ajudou a desmascarar o verdadeiro rosto dos agressores dos EUA e dos traidores, e a isolá-los ainda mais. No Norte, já foram abatidos mais de três mil aviões dos EUA. Portanto, «quer o Norte quer o Sul estão a combater bem». Os imperialistas dos EUA estão a sofrer derrotas cada vez maiores, e estão condenados ao fracasso total.
Mas «burro velho não aprende» e os agressores dos EUA contiuam muito teimosos. No Sul, continuam a intensificar a guerra, a bombardear ferozmente as cidades e a destruir regiões inteiras no campo, ao mesmo tempo que lançam ataques desesperados contra as províncias meridionais do Norte.
Nas conversações de Paris, perante a nossa atitude séria e posições justas, continuam descaradamente e da maneira mais absurda a exigir «reciprocidade». É óbvio que os imperialistas dos EUA não desistiram da sua criminosa guerra de agressão, e tentam continuar a controlar o Sul do nosso país, procurando perpetuar a partição da nossa pátria.
Perante esta situação tão grave, todo o povo, em todo o nosso país, deve persistir e intensificar a resistência à agressão dos EUA e pela salvação nacional. Pela independência e liberdade, os nossos 31 milhões de compatriotas estão decididos a superar todas as dificuldades e fazer todos os sacrifícios, decididos a lutar e a vencer. Os agressores dos EUA estão a ser postos cada vez mais na defensiva e a sofrer cada vez mais fracassos. Estão encurralados. As forças armadas e o povo de todo o nosso país detêm a iniciativa e estão na ofensiva; quanto mais lutam, maiores vitórias alcançam.
Os nossos compatriotas e combatentes no Sul, em ampla e forte unidade sob a gloriosa bandeira da Frente de Libertação Nacional, irão certamente reforçar a luta e alcançar vitórias cada vez maiores.
Os nossos compatriotas e os combatentes no Norte deverão constantemente incrementar a sua vigilância, lutar com coragem, emular no trabalho produtivo, derrotar o inimigo na sua guerra de destruição, estar prontos para desmontar quaisquer novos planos de escalada inimiga, e dar pleno apoio aos nossos compatriotas do Sul, cumprindo assim a tarefa de ser uma grande retaguarda para uma grande frente de combate.
O Norte e o Sul pensam da mesma maneira. Todo o nosso povo irá resistir decididamente e derrotar os agressores dos EUA, libertar o Sul, defender o Norte, e avançar para uma reunificação nacional pacífica.
O nosso povo ama a paz, mas a paz verdadeira só pode existir com a independência e liberdade reais. A nossa posição é justa e clara: no dia em que os imperialistas dos EUA puserem fim à sua guerra de agressão contra o nosso país, pararem de bombardear o Norte, retirarem todas as tropas dos EUA e seus satélites do Vietname do Sul e permitirem que o nosso povo resolva livremente os seus assuntos internos, esse será o dia em que a paz regressará. É este o desejo do nosso povo, como o é também das pessoas progressistas nos EUA e de todos os povos pacíficos e amantes da paz em todo o mundo. A única maneira de restaurar a paz é com a retirada total das tropas dos EUA e seus satélites. O Vietname para os vietnamitas!
Queridos compatriotas e combatentes,
O povo vietnamita está a combater a maior guerra de resistência da sua história.
Pela independência e liberdade da nossa Pátria, pelo campo socialista, pelos povos
oprimidos e a humanidade progressista, estamos a lutar e a derrotar o inimigo mais cruel da humanidade. No nosso país está-se a travar uma luta feroz entre a justiça e a injustiça, entre a civilização e a barbárie. Os povos dos países socialistas irmãos e os progressistas de todo o mundo têm os olhos postos no Vietname e felicitam calorosamente os nossos compatriotas e combatentes. Em nome do povo Vietnamita, aproveito esta ocasião para agradecer sinceramente aos países socialistas irmãos e a todos os nossos amigos nos cinco continentes pelo pleno apoio que têm prestado ao nosso povo na sua sagrada resistência contra a agressão dos EUA, e na sua luta pela salvação nacional.
O nosso povo é sumamente heróico. A nossa orientação é muito correcta. Temos a razão do nosso lado. Inspiram-nos uma vontade e determinação inquebrantáveis para lutar e vencer. Temos a força invencível da unidade de todo o povo, e contamos com simpatia e apoio de toda a humanidade progressista.
Os imperialistas dos EUA serão certamente derrotados!
O nosso povo sairá certamente vitorioso!
Compatriotas e combatentes em todo o país, avante!
(*)Ho Chi Minh, Obras Escolhidas, Parte 3 (1954-1969)
In revista «O Militante» - Edição de Maio/Junho de 2010 (site em manutenção)
Entre os grandes dirigentes históricos do movimento comunista internacional, Ho Chi Minh ocupa um lugar cimeiro. Nascido em 19 de Maio de 1890 – faz agora 120 anos – Ho Chi Minh personificou, até à sua morte em 1969, a luta do povo vietnamita pela sua emancipação nacional e social, contra o colonialismo francês e contra os agressores japoneses e norte-americanos.
Ainda jovem, Ho Chi Minh percorreu o mundo, trabalhando como marinheiro, padeiro, cozinheiro e outros ofícios, em países como França, Inglaterra e EUA. É no contacto com o movimento operário, em especial em França, país que então colonizava a sua Indochina natal, que Ho Chi Minh conhece os partidários de Lénine e da jovem revolução bolchevique (1), cujas posições sobre a questão nacional o marcaram profundamente. «Lénine foi o primeiro a compreender e sublinhar toda a importância do envolvimento dos povos coloniais no movimento revolucionário» (2), escreveu Ho Chi Minh em 1925. Eleito em 1920 como delegado pela Indochina ao 18.º Congresso da SFIO (Secção Francesa da Internacional Operária), Ho Chi Minh fez parte da maioria dos delegados que, nesse Congresso de Tours, decidiram pela adesão à Terceira Internacional e pela criação do que viria a ser o Partido Comunista Francês (3). Desde então, o seu nome esteve sempre ligado à história e luta dos comunistas, tendo integrado o Comité Executivo da Internacional Comunista.
Em 1930, Ho Chi Minh participa na fundação do Partido Comunista do Vietname, que mais tarde passaria a designar-se Partido Comunista da Indochina. O seu programa em 10 pontos era encabeçado pelos objectivos de «derrotar o imperialismo francês e o feudalismo e burguesia reaccionária vietnamita» e «tornar a Indochina totalmente independente» (4). Em 1940 o Sudeste asiático é ocupado pelo Japão imperial-fascista. «No Outono de 1940, quando os fascistas japoneses invadem a Indochina para estabelecer novas bases contra os aliados, os colonialistas franceses ajoelharam-se e franquearam as portas do nosso país para acolher os japoneses. Assim, após essa data o nosso povo ficou sujeito ao duplo jugo dos franceses e japoneses» (5). O PC da Indochina e a Liga para a Independência do Vietname (conhecida pelo acrónimo Viet Minh), fundada em 1941 como frente de libertação nacional contra o colonialismo francês e a ocupação japonesa, desempenharam o papel determinante na resistência vietnamita que culminou, em Agosto de 1945, com a libertação do país e a proclamação da independência do Vietname, do qual Ho Chi Minh se torna Presidente. Mas os colonialistas franceses reocuparam o país após o fim da II Guerra Mundial, com o apoio cada vez mais explícito e importante do imperialismo norte-americano. A grande derrota militar das tropas coloniais francesas em Dien Bien Phu, em 1954, às mãos do exército de libertação nacional comandado pelo grande comunista vietnamita Vo Nguyen Giap, representou o fim dos sonhos imperiais franceses na Indochina e o princípio do envolvimento militar directo dos EUA, com a divisão do Vietname e a ocupação do Sul pelos EUA. A libertação nacional do Vietname ainda haveria de exigir mais duas décadas de luta e de terríveis sacrifícios, como resultado da barbárie do novo agressor imperialista. É desse período (Julho de 1968) o texto de Ho Chi Minh que OMilitante agora reproduz.
Ho Chi Minh morreu no dia 3 de Setembro de 1969. A guerra de libertação nacional ainda haveria de durar mais cinco anos e meio. Mas, após a ofensiva do Tet, em Fevereiro de 1968, tornou-se evidente que o imperialismo norte-americano não haveria de vencer a guerra. No seu Testamento, escrito poucos meses antes de falecer, Ho Chi Minh expressou a sua certeza na vitória: «Embora a luta do nosso povo contra a agressão dos EUA e pela salvação nacional possa ter de enfrentar mais privações e sacrifícios, alcançaremos a vitória total. Isso é seguro. Quando chegar esse dia [...] visitarei os países fraternais do campo socialista e os países amigos de todo o planeta para lhes agradecer pelo seu apoio integral e pelo seu auxílio à luta patriótica do nosso povo contra a agressão dos EUA». Ho Chi Minh não chegou a ver o dia da libertação total do Vietname. Mas, tal como previra, esse dia chegou, em 30 de Abril de 1975 – há 35 anos.
A derrota do imperialismo norte-americano teve uma influência profunda na situação internacional. A luta do povo vietnamita, sob a direcção dos comunistas e do grande patriota Ho Chi Minh, mostrou que mesmo a mais poderosa e bem armada potência imperialista pode ser derrotada pela luta de um povo determinado a conquistar a sua libertação. Uma lição que é de grande actualidade e de enorme importância nos dias de hoje.
Notas
(1) Veja-se o artigo de Ho Chi Minh «O caminho que me levou ao Leninismo», de 1960. Para consultar (em inglês) este e os restantes textos de Ho Chi Minh aqui citados pode-se aceder ao arquivo do PC do Vietname na Internet, neste endereço
(2) Em «Lénine e os povos coloniais» (1925).
(3) O seu «Discurso no Congresso de Tours» (1920).
(4) «Apelo por ocasião da fundação do Partido Comunista da Indochina» (18 Fevereiro, 1930). Saliente-se que entre os objectivos estava o de «conquistar a igualdade entre o homem e a mulher».
(5) Da «Declaração da Independência da República Democrática do Vietname» (1945).
In «Ho Chi Minh – um grande dirigente comunista», revista «O Militante» - Edição de Maio/Junho de 2010 (site em manutenção)