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A URAP, em parceria com o Museu do Aljube, organiza uma Mesa Redonda sobre a Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos, de que a URAP é a herdeira.
A iniciativa realizar-se-á no dia 16 de Novembro, Quarta-feira, às 16h, nas instalações do museu.
Contará com as intervenções de Frei Bento Domingues, Levy Batista e Manuela Bernardino e será moderada por Ana Aranha.
A URAP organiza em parceria com o Museu do Aljube uma iniciativa de apresentação do livro «Vidas na Clandestinidade», de Cristina Nogueira, com a presença da autora e com apresentação de Paula Godinho.
A sessão terá lugar no dia 11 de Novembro, às 18h, nas instalações do Museu.
Vidas na Clandestinidade (Cristina Nogueira)
«Procuramos neste livro caracterizar a clandestinidade comunista, enquanto contexto de vida e de luta, e descobrir as normas de conduta, regras, códigos éticos e morais, e até a linguagem particular que os clandestinos assumiam. Pretendemos assim equacionar a cultura própria que emana da clandestinidade comunista, caracterizando não tanto a organização partidária numa perspectiva macro-estrutural, mas lançando um olhar para o quotidiano da vida clandestina, usando como fonte privilegiada de informação as vozes daqueles que permaneceram clandestinos e que nos forneceram as suas narrativas biográficas.
A ideia de que é necessário dar a conhecer testemunhos das vítimas do fascismo, e que é fundamental para a construção da nossa identidade e da nossa memória colectiva esse conhecimento é o motivo primeiro que está na origem desta publicação. A ideia de que é importante legar para as gerações vindouras as memórias das vítimas do regime fascista e a sua versão dos factos, e que é necessário combater a ideia de que a ditadura foi inevitável, necessária ou até benéfica, construindo uma memória colectiva da resistência e da oposição, foi possivelmente a principal razão para que os ex-clandestinos aceitassem colaborar na investigação que realizámos.»
Cristina Nogueira
A 17 de Abril, assinala-se o Dia dos Presos Palestinos.
É o dia em que os palestinos homenageiam os seus familiares detidos nas prisões de Israel e é, também, o dia em que a comunidade internacional manifesta a sua solidariedade com os milhares de palestinos privado da liberdade, por Israel, e a quem são negados os mais elementares direitos humanos.
Nesta data, o MPPM, a CGTP-IN e a URAP associaram-se para denunciar e condenar as práticas de Israel contra os palestinos; manifestam a sua solidariedade com os presos palestinos, recordando quão importante foi a solidariedade internacional para com os presos políticos portugueses durante os anos do fascismo; e reclamam do Governo Português que se empenhe no cumprimento, por Israel, das sua obrigações à luz do direito internacional e dos direitos humanos.
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No âmbito das Comemorações Populares do 41º Aniversário do 25 de Abril em Coimbra, o SPRC, com o apoio da Escola Secundária Jaime Cortesão, leva à apresentação pública a Exposição «25 de Abril: ontem e hoje - evocação, memória e luta», de 22 a 29 de Abril, cuja concepção é da União dos Resistentes Anti-fascistas Portugueses (URAP).
Incorporando a exposição e as comemorações, realiza-se um debate no dia 23 de Abril, às 10h30, com António Vilarigues, resistente anti-fascista e membro da URAP.
No dia 22 de Abril, pelas 10h00, procedeu à inauguração desta Exposição, coincidindo no dia em que o SPRC comemora o seu 33º Aniversário. Na ocasião, a coordenadora adjunta do SPRC, Anabela Sotaia, interveio para a apresentar e para fazer a evocação desta importante data para os professores e investigadores portugueses da região centro.
Os defensores da criação do Museu Salazar argumentam que se trata de construir não um «santuário» ou uma casa evocativa para honrar e homenagear Salazar, mas sim um verdadeiro «centro de estudos», ou «centro interpretativo», desse período da história de Portugal, um museu «neutro», com «enquadramento» e «caução científica», que garantisse uma abordagem de Salazar não apologética mas crítica – mostrando o que ele «fez de bom» e também «o que fez de mau».
Mas o objectivo é outro. A prova de que se trata dum projecto que os fascistas sabem que lhes pertence, objectivamente, foi confirmada, em 2007, com a mobilização dos neofascistas da «Frente Nacional» para Santa Comba para, instrumentalizando sentimentos obscurantistas, dar corpo a uma tentativa de boicote duma normalíssima «Sessão Pública» de quem legitimamente (em regime democrático) não concorda com o projecto da Câmara (incluindo naturalmente cidadãos de Santa Comba).
Com efeito, a realidade sobrepõe-se ás bonitas «declarações de intenção» sobre aquilo que o Museu poderia ou deveria vir a ser; de facto, é aquilo em que ele já se tornou pela atitude de alguns dos seus apoiantes, pela expressão violenta, provocatória e nazi-fascista, com tentativas de agressão, saudações hitlerianas, vivas a Salazar e à ditadura fascista, gritos de «fora os comunistas» e «vão para a Rússia» que aconteceram na arruaça.
Mas se ainda restassem dúvidas de que, se viesse a ser concretizado como está proposto no Vimieiro - Santa Comba Dão, o Museu Salazar seria sempre uma estrutura vocacionada para o revivalismo e para o excursionismo fascista, um «santuário» apologético do ditador e nunca poderia ser um centro de estudos sobre o fascismo, com uma perspectiva científica e uma visão histórica objectiva.
Com efeito:
- Uma perspectiva científica e objectiva só poderia sustentar-se, necessariamente, inapelavelmente, partindo dos valores e princípios da Lei fundamental – a Constituição da República -, que exactamente caracteriza o regime deposto pela Revolução Democrática de 25 de Abril de 1974, como um «regime fascista» de «ditadura, opressão e colonialismo» derrubado pelo «Movimento das Forças Armadas, coroando a longa resistência do povo português» e «interpretando os seus sentimentos profundos»;
- É óbvio que qualquer outro ângulo de abordagem – que buscasse uma qualquer indefinida «neutralidade» - seria estranho a esse escopo de valores, não seria nem objectivo, nem científico, além de estar ferido de ilegalidade à luz da Constituição e da Lei;
- Em nenhum momento a Câmara de Santa Comba Dão assumiu que o que quer construir possa ser um espaço museológico, ou um «centro de estudos», sobre o que de facto seria «objectivo» e «científico», ou seja, sobre o regime fascista, de ditadura, opressão e colonialismo e sobre os sentimentos profundos e a longa resistência do povo português à ditadura criminosa de que Salazar foi o principal responsável e o principal criminoso;
- E não o assumiu porque toda a conjuntura e o quadro de valores em que assenta o projecto, excluem radicalmente essa possibilidade;
- A conjuntura é a da família, dos objectos pessoais, da casa, das terras, da rua, da aldeia, da paisagem, da árvore, do banco, do carro, da Escola, do cemitério e da campa de Salazar. Os valores são o de «filho ilustre da terra», «o que fez de bom», «o que as pessoas querem ver». Estes são naturalmente valores de identificação claramente positiva e apologética, que excluem drasticamente qualquer abordagem objectiva do regime fascista de Salazar, naquela situação;
- Naquele espaço, conjuntura e quadro de valores sobreleva um peso «genético» brutal do salazarismo e/ou apologético de Salazar, que exclui que qualquer intervenção, mesmo que exterior à Câmara, possa tornar o museu num instituto científico e objectivo;
- É óbvio que são indispensáveis museus sobre o fascismo e a resistência e a luta do nosso povo contra a ditadura terrorista dos monopólios, aliados ao imperialismo estrangeiro, e dos agrários, de que Salazar foi «Presidente do Conselho», mas isso nada tem a ver com o projecto do museu Salazar no Vimieiro - Santa Comba Dão, nem é possível nessa localização e circunstâncias.
- O quadro internacional a este respeito, ao contrário do que têm procurado fazer crer os apoiantes do museu, e apesar do ressurgimento da extrema direita na Europa, não é favorável à abertura de santuários fascistas. Em Itália o chamado museu Mussolini é apenas uma casa da respectiva família, sem qualquer comprometimento do Estado ou do município respectivo, e estão a decorrer vários processos com vista á sua interdição. Em Espanha discute-se o encerramento do Vale dos Caídos, que aliás foi construído pelos prisioneiros Republicanos durante o Franquismo, e têm sido apeadas estátuas e símbolos do fascismo. Na Alemanha a tentativa de reconstruir a casa de campo de Hitler na Baviera foi liminarmente recusada para não se tornar um santuário nazi.
- Do ponto de vista de Santa Comba Dão, ao contrário do que também dizem os apoiantes do museu, este projecto não teria qualquer impacto sensível no desenvolvimento do concelho, talvez dois ou três postos de trabalho directos e é tudo, quanto ao resto, já obriga o orçamento municipal, por decisão da Câmara, a pagar ao sobrinho de Salazar uma renda vitalícia actualizável de dois mil euros mensais – rico tacho – e certamente poria Santa Comba no mapa do saudosismo fascista e das excursões nada pacíficas dos «Skyn heads». Portugal não precisa do Museu Salazar e Santa Comba Dão merece seguramente melhor!
Neste contexto, a Assembleia Geral da URAP, realizada em 28 Março 2015 delibera:
Condenar politicamente qualquer propósito da criação de um Museu Salazar, ou «Centro Interpretativo» do Estado Novo;
Apelar a todas as entidades, e nomeadamente ao Governo e às autarquias locais, para que recusem qualquer apoio, directo ou indirecto, a semelhante iniciativa;
Enviar esta Moção ao Presidente e aos Grupos Parlamentares da Assembleia da Republica, e ao Presidente da Câmara de Santa Comba Dão.
Aprovada por unanimidade na Assembleia Geral, realizada a 28 de Março de 2015, na Biblioteca-Museu República e Resistência, em Lisboa.
A Câmara Municipal de Santa Comba Dão, como é público e resulta de declarações do seu Presidente Leonel Gouveia, eleito pelo Partido Socialista, prepara-se de novo para concretizar na casa onde viveu o falecido «Presidente do Conselho» da ditadura fascista, um Museu Salazar, ou do Estado Novo, ou um «Centro Interpretativo». O município prepara-se mesmo para apresentar uma candidatura a fundos comunitários para financiar a intervenção.
Importa por isso reafirmar:
Qual o espólio deste futuro «Museu»? A cama? O pincel da barba? Meia dúzia de manuscritos? Como é do conhecimento público todo o espólio relevante para o estudo científico da pessoa do ditador António Salazar e do regime que ela corporizou, nomeadamente todo o acervo documental, encontra-se arquivado na Torre do Tombo, sendo acessível, como é óbvio, aos investigadores que o queiram consultar.
A Constituição da República proclama no seu preâmbulo: «A 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas, coroando a longa resistência do povo português e interpretando os seus sentimentos profundos, derrubou o regime fascista. Libertar Portugal da ditadura, da opressão e do colonialismo representou uma transformação revolucionária e o início duma viragem histórica da sociedade portuguesa».
A mesma Constituição, no seu Artigo 46.º, n.º4, proíbe as «organizações que perfilhem a ideologia fascista» e a Lei 64/78 define-as como as que «… mostrem … pretender difundir ou difundir efectivamente os valores, os princípios, os expoentes, as instituições e os métodos característicos dos regimes fascistas …, nomeadamente … o corporativismo ou a exaltação das personalidades mais representativas daqueles regimes…», proibindo-lhes o exercício de toda e qualquer actividade.
Uma questão central desta campanha é transformar Salazar e o fascismo em algo que deixe de existir na memória de pessoas concretas e se torne um nome abstracto, impresso entre duas datas nos livros de História.
A luta determinada de um povo pela sua liberdade e pela sua felicidade, essa sim é que é merecedora de locais de encontro e de promoção dos valores da democracia e do estado de direito.
Museu da Resistência onde a bravura de todos aqueles que, com o prejuízo da sua liberdade, da sua vida ou da sua integridade física e psicológica nunca se renderam aos torcionários de uma polícia política, às bestas de um exame de censura prévio e aos mandantes de uma guerra imoral, injusta e injustificada.
«Deve pois a Assembleia da República condenar politicamente qualquer propósito da criação de um Museu Salazar e apelar a todas as entidades, e nomeadamente ao Governo e às autarquias locais, para que recusem qualquer apoio, directo ou indirecto, a semelhante iniciativa».
11 de Março de 2015
A Direcção da União de Resistentes Antifascistas Portugueses
O Núcleo Viseu / Santa Comba Dão da União de Resistentes Antifascistas Portugueses
A URAP associou-se à iniciativa da FIR (Federação Internacional de Resistentes), na qual é federada, que neste ano de 2015, com o pretexto de assinalar e comemorar o 70º Aniversário do fim da II Guerra mundial e da derrota do Nazi-Fascismo, fará percorrer a sua tocha, a Tocha da Liberdade e da Paz, por vários países da Europa num percurso que terminará em Berlim no mês de Maio.
A Tocha da FIR chega a Portugal a 29 de Janeiro e inaugura as comemorações na Cidade do Porto, onde de manhã ocorrerá uma sessão-aula para alunos da Escola Secundária de Gondomar e da parte da tarde dá-se às 17h a recepção da Tocha na Praça da Liberdade e subsequente partida para os Fenianos, onde ocorrerá uma Sessão Pública alusiva ao 70º aniversário da II Guerra Mundial.
No dia 30 de Janeiro a tocha dirigir-se-á à cidade de Aveiro, onde ocorrerá uma sessão-debate na Escola Secundária de Vagos.
A 1 de Fevereiro a Tocha rumará a Peniche onde (até dia 1 de Fevereiro), com a colaboração da Câmara Municipal de Peniche, sob o lema "Tocha da Liberdade em Peniche – 70º aniversário do final da 2ª Guerra Mundial" vão ocorrer diversas iniciativas tais como uma sessão de poesia na Escola Secundária de Peniche (dia 30, pelas 21:30h), uma visita à fortaleza de Peniche (com recepção da tocha pelas 10:30h de dia 1 de fevereiro), a inauguração de exposições (com destaque para a exposição "70º aniversário do fim da 2ª Guerra Mundial e da vitória sobre o nazi-fascismo", organizada pela URAP e patente até 5 de Abril, na fortaleza de Peniche) e o percurso da Tocha da Liberdade pelo concelho de Peniche (com a participação e colaboração do "Berlengas Bike Team", da Associação Recreativa, Cultural e Desportiva de Ferrel e do "Vespas Clube do Oeste").
Posteriormente até dia 5 de Fevereiro a Tocha percorrerá a cidade de Grândola, a cidade de Loures e na Freguesia de Alhandra, onde a URAP contará com o apoio das Câmaras Municipais de Grândola e de Loures e a União de Freguesias de Alhandra.
No dia 6 de Fevereiro, a Tocha estará na Cidade do Barreiro onde, com a colaboração da Câmara Municipal, da parte da manhã passará por várias zonas operárias do Concelho, sendo depois colocada no largo do mercado 1º de Maio (pelas 10h) onde posteriormente vai decorrer uma pequena sessão solene (pelas 10:05h) e um conjunto de outras actividades que se prolongam até à tarde, momento em que (pelas 15h) decorrerá no espaço J uma sessão-conversa dedicada à Paz e aos 70 anos do fim da II Guerra Mundial, terminando este dia no Cineclube do Barreiro com um Filme sobre a II Guerra Mundial seguido de debate.
Posteriormente é a vez do Seixal a 7 de Fevereiro receber a Tocha da Paz (onde com o apoio da respectiva Câmara Municipal, se inaugurará uma exposição da URAP, haverá o início de um ciclo de cinema e uma sessão-debate) e de Setúbal, a 8 de Fevereiro (contando também com o apoio da respectiva Câmara Municipal).
Entre 10 e 11 de Fevereiro é a vez da cidade de Almada receber a Tocha da FIR, onde com o apoio da Câmara Municipal de Almada estão previstas diversas iniciativas, sendo de destacar a recepção oficial da Tocha nos Paços do Concelho (pelas 10h), o percurso pelas 11 freguesias do concelho e uma sessão solene de encerramento (pelas 21h) no Fórum Romeu Correia.
Finalmente este périplo culminará a 12 de Fevereiro de 2015 na Cidade de Lisboa, onde com a colaboração da União de Sindicatos de Lisboa, ACCL, Voz do Operário, da Casa do Alentejo, do CPPC e de outras organizações, onde haverá, entre outras coisas, uma recepção da Tocha no Rossio, seguida de um cordão humano e que culminará com uma sessão de encerramento das actividades da Tocha da Paz e da Liberdade/FIR, a realizar no Rossio.
João António de Sousa Pais Lourenço é o Presidente da Câmara Municipal de Santa Comba Dão.
Ganhou as eleições em 2005, concorrendo numa lista PPD/PSD-CDS/PP. A palavra de ordem de campanha: «Coragem para mudar».
Do programa de candidatura constava a criação de um «Museu do Estado Novo», para «(...) à semelhança do que acontece por essa Europa fora com os campos de extermínio, educar e usar a nossa história para nosso benefício.». Nem uma palavra sobre o ditador António de Oliveira Salazar.
Mas depressa passou das palavras aos actos. Salazar, Salazar, Salazar.
A solução para os problemas do concelho? Um investimento de mais de 5 milhões de euros num «museu» com a cama, as botas, o restaurador Olex, uns discos e umas revistas. Um projecto que não tinha suporte nas deliberações efectivamente tomadas no exercício dos órgãos autárquicos (ou até as contrariava).
Quem ganha? Um dos sobrinhos do ditador com uma pensão vitalícia de 2 mil euros, actualizáveis todos os anos. A extrema-direita fascista e os neonazis saudosistas que passam a dispor de um santuário para as suas «peregrinações».
Quem perde? A população de Santa Comba Dão, nas bocas do mundo pelas piores razões. E o concelho cujo efectivo desenvolvimento económico, social e cultural permanece no marasmo e na inacção.
Mas desde logo se manifestaram as tendências antidemocráticas de João António de Sousa Pais Lourenço. A União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP) promove uma sessão de esclarecimento das razões que lhe assistem de oposição ao Museu Salazar? A maioria do executivo da Câmara, por actos e omissões, logo se mostra objectivamente conivente com a contra-manifestação organizada pela extrema-direita.
Diz João António de Sousa Pais Lourenço que a inauguração de umas obras no Largo António de Oliveira Salazar no próximo dia 25 de Abril é pura coincidência. E não vê nada de mal nisso. Mais. Aconselha maturidade aos opositores de tal acção. E que se enterre definitivamente o passado.
No mínimo é preciso ter lata
Fazer coincidir com a data libertadora do 25 de Abril, dia onde em 1974 se pôs fim ao regime fascista de Salazar e Caetano, com a inauguração de umas obras no largo que ostenta o nome do símbolo maior da odiada ditadura é uma provocação reles e abjecta.
João António de Sousa Pais Lourenço assobia para o lado e finge que não percebe. Mas seria o mesmo que, por exemplo, no dia em que se recorda o Holocausto vir um qualquer presidente de câmara na Alemanha decidir inaugurar o largo Adolf Hitler. Ou no próximo dia 8 de Maio, dia da Vitória dos Aliados na II Guerra Mundial, um qualquer autarca, americano, inglês, francês ou russo, decidir celebrar a personalidade de Hermann Göring ou Joseph Goebbels. E podíamos multiplicar os exemplos por milhares.
João António de Sousa Pais Lourenço pode fazê-lo porque vivemos em democracia. Porque se quisesse, no tempo de Salazar, celebrar, admitamos, o vulto maior das letras que foi Aquilino Ribeiro, em vez de porco no espeto tuna e fanfarra teria GNR, PIDE, espancamentos ,prisões e torturas.
Mais. O senhor Presidente da Câmara Municipal de Santa Comba Dão manifestamente convive mal com as opiniões contrárias. Provoca, de uma forma deliberada e ostensiva, o Portugal nascido a 25 de Abril de 1974. Utiliza a democracia e a liberdade para melhor as insultar. Estava à espera de o quê?
E quem, ao promover o ditador, procura em permanência trazer o passado fascista de volta? Aliás estamos perante um caso agudo de culto da personalidade.
As promessas eleitorais tardam em sair do papel? Museu Salazar, Museu Salazar, Museu Salazar!
A câmara está endividada até à raiz dos cabelos? Museu Salazar, Museu Salazar, Museu Salazar!
A câmara apresenta, em ano de eleições, um orçamento em que um terço dos valores aparece em rubricas «diversos» ou «outros» (onde está o rigor do gestor João António de Sousa Pais Lourenço???)? Salazar, Salazar, Salazar!
Quem não tem culpa nenhuma deste estado de coisas é a população de Santa Comba Dão.
A melhor resposta é todos celebrarmos o 35º aniversário do 25 de Abril com uma esperança e um vigor renovados pela participação massiva das novas gerações nascidas e educadas em democracia e liberdade. Que dos João António de Sousa Pais Lourenço deste mundo não reza a História...
Notícias AQUI
Foi entregue pela União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP) na Assembleia da República, no dia 5 de Novembro, uma petição contra o “Museu de Salazar” com 16 mil assinaturas. A este propósito, o Presidente da Câmara Municipal de Santa Comba Dão emitiu um comunicado que contém várias inverdades.
grupos económicos e financeiros
A
Arquivo «O Militante» Clandestino
Associação Conquistas da Revolução
B
Biblioteca Nacional de Portugal
C
Cité Nationale de l'Histoire de l'Immigration
Comissão Concelhia de Viseu do PCP
Confederação Nacional da Agricultura
CUBA - uma espinha cravada na garganta do Império
D
Digital National Security Archive
2013 - Centenário de Álvaro Cunhal
E
F
G
H
Hoje Há Conquilhas, Amanhã Não Sabemos
I
Instituto dos Museus e da Conservação
J
Juventude Comunista Portuguesa
K
L
M
N
O
Organização Regional de Viseu do PCP
P
Partido pelo Socialismo e Libertação
Penalva do Castelo: Uma Terra, Um Lugar
Q
Question of Palestine at the U.N.
R
Red de Redes En Defensa de la Humanidad
Revista Comunista Internacional
S
T
U
V
W
X
Y
Yosmary... ¡Venezuela Socialista!
Z