O sector do luxo está em plena expansão na Europa e também em Portugal.
De acordo com um relatório da empresa de consultadoria Frontier Economics, encomendado por uma associação europeia do sector, o número de trabalhadores na indústria de automóveis de alta gama, vinhos e vestuário de marcas de luxo aumentou 11 por cento entre 2010 e 2013, para um total de 1,1 milhões.
Estes artigos tiveram uma particular procura na Ásia e sobretudo na China. No entanto, segundo o Financial Times, de dia 9, a expansão do luxo na Europa contrasta com os restantes sectores da economia. Entre 2010 e 2013, as vendas cresceram quase 28 por cento, para 547 mil milhões de euros.
Essa tendência é igualmente verificável em Portugal, onde o número de lojas de artigos de luxo continua a aumentar, nomeadamente em Lisboa. E só não abrem mais estabelecimentos porque não existe oferta de instalações adequadas, segundo declarou ao Dinheiro Vivo uma responsável da imobiliária Cushman & Wakefield.
O PCP apresentou as conclusões das Jornadas Parlamentares que realizou no distrito de Braga, «região profundamente marcada pelas consequências nefastas da política de direita, caracterizando-se por fortes assimetrias e acentuadas desigualdades, expressas nos seus índices sociais.»
1 - Realizamos estas Jornadas Parlamentares do PCP no distrito de Braga, região profundamente marcada pelas consequências nefastas da política de direita, caracterizando-se por fortes assimetrias e acentuadas desigualdades, expressas nos seus índices sociais.
A região regista altos níveis de precariedade e cerca de 50 000 desempregados, dos quais 70% de longa duração e cerca de 13 000 com formação superior.
Com sucessivos encerramentos, falências e destruição do aparelho produtivo que afecta todos os sectores produtivos com destaque para o têxtil e vestuário (ainda o principal sector produtivo na região) e para a metalurgia, e com a construção civil estagnada, a região está hoje mais uma vez confrontada com a emigração em massa, situação que levou nos últimos 3 anos mais de 10 000 trabalhadores a emigrarem só para a Galiza, e outros largos milhares a deslocarem-se diária ou semanalmente para fora do país na procura de emprego.
Com 98% da estrutura empresarial em micro, pequenas e médias empresas, com uma parte significativa a trabalhar em subcontratação, onde o sector têxtil e vestuário assume um peso significativo, a economia da região está demasiado dependente das vontades de grandes clientes e das exportações, situação que a torna muito vulnerável. Acentuam-se as situações de risco, com as prestações sociais de combate à pobreza a aumentarem neste distrito de uma forma significativa: em meio ano aumentaram em mais de 2 000 os beneficiários do rendimento social de inserção, sendo actualmente 21 080, num cenário em que a alteração da fórmula de cálculo das pensões tem causado reduções na ordem dos 8% a 20% em pensões muito baixas, para reformados com 40 e mais anos de trabalho e contribuições.