Em três anos de crise, a pobreza e a exclusão social alastram em Espanha como há muito não se via. Segundo um estudo da Caritas, entre 2007 e 2010, a recessão e o desemprego produziram 800 mil novos excluídos.
O estudo da Caritas espanhola, baseado em dados próprios e no mais recente inquérito do Instituto Nacional de Estatística sobre as condições de vida no país vizinho, mostra uma escalada alarmante da pobreza nos últimos anos.
Cerca de dez milhões de pessoas, ou seja 20,8 por cento da população, vivem em situação de pobreza. Destas 8,5 milhões são consideradas em situação de exclusão social, sendo que este grupo de indigência foi engrossado com 800 mil novos casos entre 2007 e 2010.
Neste cenário negro sobressaem ainda cerca de 1,4 milhões de famílias em que nenhum membro trabalha e mais 500 mil que já esgotaram os apoios sociais e não têm nenhum rendimento assegurado.
Mas se é verdade que o desemprego é o principal responsável pela pobreza, o estudo, divulgado dia 6, assinala que «mesmo a população ocupada tem a sensação de degradação das suas condições de vida devido ao aumento da precariedade e da incerteza em relação ao emprego».
A Caritas indica ainda como causa do aumento da pobreza «a insuficiência ou perda das ajudas de protecção social públicas», designadamente os subsídios de desemprego.
O sentimento de diminuição do nível de vida não é propriamente uma novidade. Como refere o diário El País (07.07), já em 2008 uma sondagem mostrou que 30 por cento dos inquiridos afirmavam viver pior do que dez anos antes, se bem que, nessa altura, um em cada quatro reconhecia uma melhoria do nível de vida.
Todavia, o presente estudo, intitulado «O Primeiro Impacto da Crise na Coesão Social em Espanha», traça um quadro sem paralelo nas últimas décadas. Agora, metade dos espanhóis garante que vive pior do que em 2007 e apenas um em cada dez considera que a sua vida melhorou.
O descontentamento é especialmente grande entre os jovens, uma vez que não conseguem entrar no mercado de trabalho, independentemente das qualificações literárias. E este dado parece ter surpreendido os investigadores que apontam uma diluição das fronteiras da exclusão severa, a qual atinge tanto universitários como pessoas com um nível abaixo da escolaridade obrigatória.
Neste contexto, compreende-se que 85 por cento dos espanhóis afirmem que a pobreza aumentou e que 60 por cento sublinhem «de modo intenso».
A organização assistencialista católica identificou ainda outro tipo de tendências, características dos tempos de profunda crise. Segundo afirma, neste período de três anos verificou-se um aumento de três por cento dos praticantes religiosos. Em sentido inverso, baixou a participação em actividades sindicais, desportivas ou associativas.
Mas se dúvidas restassem sobre o agravamento da situação social em Espanha, bastaria olhar para a incapacidade dos serviços sociais de dar resposta ao número crescente de pessoas que procura ajuda do Estado.
A mesma fonte indica que só para obter a primeira entrevista o requerente tem de esperar em média 25,9 dias e a resposta só é dada ao fim de 65,3 dias. Mas no caso de um rendimento mínimo, o período entre o pedido e o pagamento da primeira prestação foi de 132 dias em 2010 (no ano anterior a espera média foi de 121 dias e em 2008 de 98 dias). O pior é que com todos os cortes e novas medidas de austeridade, a ajuda do Estado aos mais carenciados tende a tardar e a minguar cada vez mais.
Primeiro ministro: Sim! Onde estão agora aqueles que se riam de mim quando assegurei que estava a ponto de encontrar a fórmula para a sobrevivência da esquerda?
«Não existe crescimento de emprego sem crescimento económico. E isto porque nenhuma empresa vai contratar mais trabalhadores, se o acréscimo de produção, que daí resulta, não conseguir vender. Não são alterações nas leis laborais que criam emprego. Tudo isto são verdades elementares que qualquer português, mesmo que não esteja familiarizado com os problemas da economia ou de gestão das empresas, facilmente compreende. No entanto, Sócrates e o resto do governo, assim como os "senhores" de Bruxelas e do FMI, e muitos "opinion makers" com acesso aos media em Portugal parecem que ainda não compreenderam. No passado, aquando da aprovação do Código do Trabalho de Bagão Félix em 2003, assim quando Vieira da Silva alterou, para pior, em 2009, algumas disposições daquele código, a justificação apresentada também foi que assim ir-se-ia aumentar a produtividade e a competitividade das empresas e criar mais emprego. Como a experiencia provou tudo isso era uma grande mentira.
Agora assistimos novamente à repetição do mesmo espectáculo. A Comissão Europeia; o FMI; os patrões, PSD e os habituais comentadores com acesso privilegiado aos media em Portugal começam a bombardear, de novo, a opinião publica dizendo que é necessário mais alterações nas leis laborais para sair da crise. E o governo de Sócrates, fragilizado e de joelhos perante esta pressão, submete-se, de novo, submisso a este "jogo", embora de uma forma atabalhoada.»
«Umha cidade vazia e com a hotelaria abaixo da ocupaçom de qualquer fim de semana foi a paisagem deste sábado em Compostela. Ninguém viu as 200.000 pessoas garantidas pola Junta e a Cámara Municipal. (...)»
«Desde 1980 al 2007, el número de católicos practicantes ha bajado del 33,8 al 18,7% // La religiosidad de las mujeres está 15 puntos por encima de la de los hombres.»
«No es exactamente un viaje a tierra infiel, pero la España que visitará a partir del sábado el papa Benedicto XVI ya no tiene nada que ver con el bastión católico que fue durante siglos. Todas las encuestas del Centro de Investigaciones Sociológicas (CIS) realizadas desde su visita de 2006 muestran que se ha acelerado ladesafección de los ciudadanos hacia el catolicismo y muy particularmente entre los jóvenes. La España que pisará Benedicto XVI es la menos católica de la historia.»
«El Papa propone "reevangelizar" España ante el auge de un anticlericalismo que le recuerda el de la Segunda República. (...) Denunció el Papa la existencia en España de un "laicismo agresivo" que llegó a comparar con el "anticlericalismo fuerte y agresivo como lo vivimos en los años 30".»
Na figura de D. Quixote está José Luis Zapatero e na figura de Sancho vê-se o presidente da confederação patronal CEOE, Gerardo Díaz Ferrán. Zapatero tem as letras PPOE, contracção de PSOE (o PS espanhol...) e PP (o PSD/PP espanhol...). Lá como cá...
«Censura às medidas que visam o roubo nos salários e pensões, aumentos dos preços de todos os bens e serviços em particular daqueles que as famílias não podem fugir, penalizar fiscalmente quem vive dos seus salários mantendo intocáveis privilégios, benefícios da banca e dos grupos económicos e dos especuladores.
Censura ao embuste de quererem fazer crer aos portugueses que os sacrifícios toca a todos por igual quando todos sabem que o grosso da factura vai ser cobrada a quem menos tem e menos pode, aos trabalhadores, aos desempregados, aos reformados ou quem vive dos seus pequenos rendimentos.»
«El secretario general del Partido Comunista de España (PCE), José Luis Centella, acusó hoy al presidente del Gobierno central, José Luis Rodríguez Zapatero, de 'traicionar a la izquierda' con el paquete de medidas anunciado para reducir el déficit público, y subrayó como 'sangrante' la congelación de las pensiones, ya que 'ha sido uno de los elementos bandera' del ejecutivo.»
«El presidente del Gobierno saca la tijera y dice que estas medidas son "imprescindibles" y procuran ser "lo más equitativas posibles". No descarta nuevas subidas de impuestos.»
[A contribuição mais útil que poderia ser dada para educar a opinião pública mundial acerca da maldade das aventuras militares da América seria promover uma séria campanha para forçar os nossos próprios dirigentes a abandonar as suas alianças com os EUA. Organizações como a NATO só servem para nos associar à injustiça.]
[Uma longa tradição de simpatia natural com os camponeses oprimidos tem sido virtualmente varrida pelo governo actual com a sua subserviência aos banqueiros e a Washington, com a sua venda de armas a regimes bárbaros, com o seu anti-comunismo 'responsável' e com a sua visão, dominada pela NATO, do lugar do Reino Unido no mundo.]